Petrobras garante dividendos robustos e lucra R$ 35,2 bi no 1T25

Futuro da Petrobras: ex-presidente analisa desafios e gestões

A Petrobras (PETR4) iniciou 2025 com um desempenho financeiro e operacional robusto. A estatal reportou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre, alta de 48,5% na comparação anual, quando o lucro foi de R$ 23,7 bilhões. O número também superou com folga as expectativas do mercado, cuja mediana das projeções, segundo a LSEG, era de R$ 31,42 bilhões.

O Ebitda ajustado, por outro lado, somou R$ 61,08 bilhões, ligeiramente abaixo da estimativa de R$ 62,94 bilhões. Já a receita operacional líquida totalizou R$ 123,14 bilhões, também um pouco aquém dos R$ 124,93 bilhões projetados pelo consenso.

Produção em alta e geração de caixa expressiva

Um dos principais destaques operacionais foi o crescimento da produção de petróleo e gás natural, que aumentou 5,4% em relação ao quarto trimestre de 2024. O desempenho refletiu a maturação de projetos estratégicos e ganhos de eficiência operacional, que elevaram a geração de caixa da companhia para US$ 8,5 bilhões no período.

Iniciamos o ano de 2025 com resultados operacionais e financeiros robustos, que refletem a capacidade técnica da Petrobras em superar desafios e gerar valor para a sociedade brasileira”, afirmou a presidente da empresa, Magda Chambriard, em comunicado oficial. “Essa performance nos permite investir para continuar gerando valor e remunerar os nossos acionistas”, completou.

Eficiência e disciplina financeira

A Petrobras destacou que os resultados obtidos no início de 2025 são fruto de uma gestão disciplinada de capital, com foco em ativos de maior rentabilidade e controle de custos. A empresa vem priorizando investimentos em campos do pré-sal e ativos com maior retorno, além de manter forte geração de fluxo de caixa livre, fundamental para a política de distribuição de dividendos e sustentabilidade da dívida.

Dividendos:

A Petrobras também anunciou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio intercalares, referentes ao exercício de 2025. O valor equivale a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, a título de antecipação da remuneração aos acionistas.

Contexto e perspectivas

A divulgação do balanço ocorre em um momento de atenção do mercado sobre o comportamento da estatal em meio ao ambiente político e às discussões sobre sua estratégia de investimentos, distribuição de lucros e compromissos com transição energética.

O desempenho positivo neste início de ano fortalece a posição da Petrobras diante de seus acionistas e amplia a margem de manobra para decisões estratégicas nos próximos trimestres, em especial quanto à remuneração ao investidor e à alocação de capital.

Opinião: dados saudáveis

Para o estrategista Marco Saravalle, os números da Petrobras vieram fortes e saudáveis, com destaque para a geração de caixa robusta, o que deve garantir, no curto prazo, o pagamento de dividendos elevados — fator que tem segurado a ação no pregão desta terça-feira, apesar da leve queda observada. “O investidor tem priorizado o dividendo, que dentro do planejamento estratégico atual deve entregar pelo menos 12% em 2025, podendo chegar a 17% em um cenário mais otimista com dividendos extraordinários”, explicou.

Ele também destaca o aumento da produção como um ponto positivo, mas chama atenção para alguns sinais de alerta: investimentos mais altos, margens de refino pressionadas e uma alavancagem que, embora ainda confortável, começa a subir gradualmente. Segundo Saravalle, a área de exploração e produção continua saudável, mas é importante que o investidor fique atento à rentabilidade futura e ao controle do endividamento — um ponto historicamente sensível para a Petrobras.

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