Servidores da Comusa decretam estado de greve

Em assembleia realizada nesta terça-feira (13), os servidores da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo aprovaram, por unanimidade, o estado de greve. A decisão ocorre após a prefeitura comunicar que não haverá recursos para a recomposição salarial anual dos servidores públicos municipais em 2025.

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Reajuste salarial negado pela Prefeitura mobiliza categoria, que cobra diálogo e apresenta série de reivindicações | abc+



Reajuste salarial negado pela Prefeitura mobiliza categoria, que cobra diálogo e apresenta série de reivindicações

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

A assembleia foi organizada pela Associação dos Funcionários da Comusa (Ascom) e contou com a presença do presidente do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo, Vilson dos Santos de Moura. Segundo o representante de associação Dagoberto Ribeiro, o estado de greve é um alerta e não implica paralisação imediata.

“Continuamos trabalhando normalmente, mas todos estão avisados de que podem paralisar. Para isso, será necessária uma nova assembleia, que ainda não tem data marcada”, afirmou. Caso haja paralisação, 30% dos serviços essenciais serão mantidos, conforme a legislação.

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Comissão tenta reabrir diálogo com o prefeito

Durante a assembleia, também foi aprovada a criação de uma comissão de servidores, já com nomes definidos, que buscará reabrir negociações com o prefeito Gustavo Finck (PP). A categoria ainda pretende realizar uma reunião com a direção da Comusa para apresentar suas demandas.

Entre os principais pontos está a retomada da discussão sobre o dissídio. “Queremos dialogar. Mas se a resposta for ‘dissídio zero’ e nossas reivindicações não forem atendidas, aí sim vamos deliberar por novas mobilizações”, alertou Ribeiro.

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Reinvindicações 

Além da recomposição salarial, os servidores vão levar à mesa de negociação uma série de reivindicações. Entre elas:

• Revisão do dissídio coletivo;
• Aumento no valor do vale-refeição;
• Participação da Ascom no Conselho Deliberativo da Comusa, com direito a indicar um representante;
• Formação de uma comissão de servidores efetivos para fiscalizar os trabalhos das empresas contratadas para o estudo de modelagem da companhia;
• Ampliação da presença de servidores de carreira nos cargos de chefia e assessoramento, de 25% para 50%.

  Dagoberto Rocha Ribeiro, primeiro tesoureiro da ASCOM e o    presidente do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo, Vilson dos Santos de Moura | abc+



Dagoberto Rocha Ribeiro, primeiro tesoureiro da ASCOM e o presidente do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais de Novo Hamburgo, Vilson dos Santos de Moura

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Clima de desconfiança e temor de privatização

Durante a assembleia, o clima foi de preocupação com o futuro da autarquia. Servidores manifestaram temor de que o atual cenário possa ser o prenúncio de um processo de privatização. “Esse é o primeiro passo para uma Parceria Público Privada (PPP). Não tem como uma empresa que produz água dar prejuízo. Com a Corsan foi assim. É questão de dois ou três anos para privatizar”, alertou um servidor.

Outra servidora criticou a forma como a Comusa é tratada enquanto serviço essencial. “Na hora de negar folgas, como as pontes em feriados, dizem que é serviço essencial, que não podemos parar. Mas, quando se trata de rever o dissídio ou garantir nossos direitos, essa essencialidade parece ser esquecida”, criticou. 

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