Vídeo: criança desmaia durante ação da PM na Favela do Moinho

São Paulo — Uma criança desmaiou, na manhã desta terça-feira (13/5), durante uma ação da Polícia Militar na Favela do Moinho, região central de São Paulo. Segundo moradores, a criança teria inalado gás lançado pelos agentes policiais.

“Uma criança acabou de sair desmaiada daqui por causa da bomba”, diz o áudio de uma moradora enviado ao Metrópoles.

A vítima foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros que estava no local. Não há informações atualizadas sobre o estado da criança.

Veja:

A Polícia Militar informou ao Metrópoles que foi acionada após uma manifestação dos moradores, que teriam ateado fogo aos trilhos da Linha 8-Diamante de trem.

A reportagem pediu mais detalhes sobre a ocorrência à Secretaria da Segurança Pública (SSP). O espaço está aberto para manifestação.

Os protestos na Favela do Moinho vêm acontecendo desde segunda-feira (12/5), quando moradores interromperam a circulação de trens por cerca de três horas, após funcionários da prefeitura terem iniciado a demolição de casas no local.

A demolição ocorre em meio ao processo de reassentamento do governo estadual. As mudanças têm adesão voluntária e são organizadas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação afirmou que “os trabalhos [de demolição] tiveram início por seis casas que representam risco pela estrutura precária, já lacradas pela Prefeitura devido ao já citado risco. A ação é realizada conjuntamente pela CDHU, pela Subprefeitura Sé e pela Defesa Civil”.


Remoção de famílias da Favela do Moinho

  • Como o território da Favela do Moinho pertence à União, o governo do estado não pode realizar ações de reintegração de posse.
  • A alternativa proposta pela gestão Tarcísio é um plano de reassentamento, com adesão voluntária, gerido pela CDHU.
  • Os moradores podem optar pela Carta de Crédito Associativa (CCA), em que estão disponíveis imóveis construídos, em construção, ou que já tenham ao menos as licenças emitidas, com tudo pronto para iniciar as obras.
  • Outra opção é a Carta de Crédito Individual, na qual os cidadãos podem buscar unidades e apresentar para a CDHU, que faz uma avaliação de valor de mercado para seguir com a contratação.
  • Nas duas modalidades, o valor limite é de R$ 250 mil para unidades na região central e R$ 200 mil para outros bairros ou municípios de SP.
  • O acordo inclui um auxílio de R$ 2.400 para a mudança e um auxílio moradia mensal de R$ 800. Os apartamentos oferecidos deverão ser pagos pelos moradores por meio de um financiamento equivalente a 20% da renda mensal.
  • Segundo a autarquia, 87% das famílias da comunidade aderiram ao programa.
  • Conforme o governo de São Paulo, mais de 80 famílias já se mudaram, além de outras mais de 600 que estão em processo de remoção ou de apresentação de documentos.

 

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