Em último balanço com unidade de hospitais, Dasa tem prejuízo de R$ 111 milhões

A Dasa (DASA3), empresa de medicina diagnóstica, reportou prejuízo líquido de R$ 111 milhões no primeiro trimestre de 2025. A companhia reduziu a cifra negativa registrada um ano antes, de R$ 176 milhões. O balanço é o último a contabilizar o desempenho da unidade de hospitais da empresa, que foi segregada em uma joint venture com a Amil. O negócio que deu origem à Rede Américas – com 25 hospitais, 30 centros oncológicos e 23 centros médicos – foi finalizado no começo do mês passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla inglês) consolidado da Dasa entre janeiro e março foi de R$ 708 milhões, com uma alta de 11% na comparação anual. Segundo a administração, foi o melhor resultado para um primeiro trimestre, impulsionado por otimização das operações e controle de despesas administrativas.

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A receita líquida consolidada da Dasa fechou o trimestre em R$ 3,826 bilhões, com alta de 3% na comparação anual. A unidade de diagnósticos teve faturamento líquido de R$ 1,921 bilhão no período, avançando 6% em relação ao mesmo período de 2024. O negócio de hospitais e oncologia, por sua vez, faturou R$ 1,905 bilhão, descontando impostos e deduções, com uma ligeira queda anual de 1%.

Três ativos hospitalares vão permanecer na companhia, dentro da Dasa Diagnósticos. “Estamos analisando como vamos detalhar o resultado de hospitais dentro nessa nova formatação [a partir do segundo trimestre]”, disse Lício Cintra, CEO da Dasa e da Ímpar, empresa resultante da joint venture com a Amil, ao InfoMoney.

O executivo diz que o primeiro trimestre de 2025 representa um “acerto de contas” em relação ao que foi prometido quando ele assumiu o cargo de CEO, no final de 2023. “A gente tinha uma pressão descomunal da alavancagem e uma sequência de quebra de covenants [cláusulas de obrigação com credores]”, relembra o executivo.

A dívida líquida financeira, contando com aquisições a pagar e antecipação de recebíveis, fechou o trimestre em R$ 10,551 bilhões. A alavancagem medida pela relação Ebitda e dívida líquida, por sua vez, fechou o período em 4,17 vezes. Ainda assim, houve em redução de quase um ponto percentual em relação a um ano antes.

“Isso é bem relevante e nos dá tranquilidade para tomar decisões mais acertadas, sem a pressão de não poder abrir mão de receita”, afirmou Cintra. O percentual das despesas em relação a receita líquida recuaram 0,9%, excluindo o efeito de créditos tributários que haviam favorecido o resultado do primeiro trimestre do ano passado.

Na gestão do executivo, a Dasa se desfez de ativos “não core”, “reoxigenou” o time dentro do que chamou de “disciplina de execução” e, por fim, cindiu parte do negócio.

“A gente passa a ter um cenário mais promissor, com uma divisão de hospitais que tem uma capacidade de desalavancagem ainda maior, com o faturamento importante de 10 novas unidades [vindas da Amil] e um caminhão de sinergias para explorar”, diz Cintra.

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