Ibovespa recua após máxima histórica e dólar volta a subir com cautela global

Em clima natalino, Ibovespa fecha no vermelho

O Ibovespa fechou em leve queda nesta quarta-feira (14), após registrar novas máximas históricas no pregão anterior. O principal índice da B3 recuou 0,39%, aos 138.423 pontos, com investidores realizando lucros e adotando postura mais cautelosa diante do cenário internacional incerto.

Realização de lucros domina a sessão

Após atingir os 139.418 pontos durante o dia anterior, o Ibovespa perdeu fôlego com a ausência de novos catalisadores. Investidores optaram por ajustar posições e embolsar ganhos recentes, especialmente em papéis que haviam acumulado fortes altas nas últimas semanas.

Ações em destaque

Entre os principais destaques positivos do pregão, as ações da Natura (NTCO3) subiram 7,10%, impulsionadas por resultados trimestrais acima do esperado. IRB Brasil (IRBR3), Porto Seguro (PSSA3) e Hypera (HYPE3) também estiveram entre as maiores altas do dia.

Na ponta negativa, o tombo da Azul (AZUL4) chamou atenção: os papéis despencaram 16,08% após a divulgação de resultados considerados fracos pelo mercado, levantando preocupações sobre a rentabilidade da companhia aérea. Também recuaram forte os papéis da Raia Drogasil (RADL3), Vamos (VAMO3), CSN Mineração (CMIN3) e Localiza (RENT3).

Dólar em alta com movimento global

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,63, em alta de 0,42%. A valorização reflete um movimento de aversão ao risco no exterior, combinado a uma leve realização nos mercados emergentes. Durante o pregão, a moeda americana chegou a tocar mínima de R$ 5,58.

Commodities: petróleo pressiona com estoques

O preço do barril do petróleo Brent registrou queda de 0,81%, negociado a US$ 66,09. A retração foi motivada por dados de aumento inesperado nos estoques dos Estados Unidos, o que levantou dúvidas sobre a demanda global e pressionou o setor de energia.

Bolsas americanas encerram mistas

Nos Estados Unidos, os índices acionários fecharam sem direção única. O Dow Jones recuou 0,21%, enquanto o S&P 500 avançou 0,10% e o Nasdaq subiu 0,72%, refletindo expectativas em torno de novos dados econômicos e a postura do Federal Reserve diante da inflação.

Fluxo estrangeiro ainda sustenta o mercado

Apesar da correção pontual, o Ibovespa acumula alta de 15,5% em 2025 e avanço de 2,48% em maio. O fluxo de capital estrangeiro permanece forte, com entrada líquida de R$ 17,1 bilhões no ano até o último dia 12.

Perspectivas

A expectativa do mercado agora se volta para os próximos dados de inflação, decisões de política monetária no Brasil e no exterior, e novos balanços corporativos. Segundo analistas, a trajetória do Ibovespa segue positiva, mas depende do comportamento dos juros e da continuidade do apetite por risco por parte dos investidores estrangeiros.

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