Antes ignorada, atividade tornou-se ponto central da política monetária, diz analista

Os dados do setor de serviços de março, divulgados pelo IBGE nesta quarta (14), indicam possível retração. Os números foram analisados muito de perto pelo mercado.

Rachel de Sá, estrategista de investimentos da XP, que comandou o programa Morning Call da XP nesta quinta (15), diz que normalmente esses dados de atividade não costumam fazer muito preço ou ser seguidos pela maior parte dos analistas e pelos investidores.

“Só que a gente tem visto que o rumo das decisões de política monetária e dos juros tem observado bastante a atividade econômica, justamente porque ela está muito aquecida e pressionando os preços”, explicou.

Portanto, segundo ela, está sendo um fator importante para a política monetária. “Esses dados passaram a ter mais relevância nos últimos meses”, destacou.

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Aquecimento

Os dados de atividades recentes podem até começar a apresentar queda ou indicação de retração, mas a XP não crê que isso possa ganhar força nos próximos meses do ano.

Para a analista, isso se deve “principalmente diante de um mercado de trabalho que segue aquecido, com taxa de desemprego na mínima histórica, massa de renda crescendo e estímulos sendo implementados pelo governo”.

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Ele lembrou ainda que o governo e o Congresso estão focados em aprovar uma série de medidas de estímulo à economia para evitar que haja essa desaceleração da economia.

“ A gente teve a liberação do FGTS e mudanças regulatórias para lançar um novo (crédito) consignado privado”, lembrou.

Rachel de Sá comentou também que a discussão no Congresso que está ganhando força nessas últimas semanas é sobre a reforma do imposto de renda com isenção para quem ganha até R$ 5 mil reais, o que é outro ponto de estímulo econômico. “Mas isso deve ser sentido no ano que vem”, ressaltou.

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