BB é último “bancão” a divulgar balanço – e números não devem animar; veja projeções

O Banco do Brasil (BBAS3) é o último dos grandes bancões a divulgar resultados, revelando seus números do primeiro trimestre de 2025 (1T25) após o fechamento do pregão desta quinta-feira (15). A projeção média LSEG com analistas de mercado é de lucro de R$ 9,32 bilhões.

O Goldman Sachs espera uma diminuição nos lucros recorrentes para R$ 9,2 bilhões (-4% trimestral, -1% ano a ano), uma vez que as taxas de juros mais altas devem pressionar os custos de financiamento, resultando em uma receita líquida de juros praticamente estável em relação ao trimestre anterior, apesar de um modesto crescimento dos empréstimos.

Além disso, a receita de taxas de serviços deve contrair no 1T25 devido à sazonalidade mais fraca no início do ano, após uma melhor transacionalidade no 4T24. Por outro lado, as despesas operacionais mais baixas no início do ano devem ser um fator positivo para os resultados, compensando parcialmente a sazonalidade mais fraca das taxas e as pressões sobre os custos de financiamento.

A expectativa é de provisões ligeiramente mais altas, com o custo de risco aumentando 10 pontos-base em relação ao trimestre anterior, para 3,5%, uma vez que os NPLs (índices de inadimplência) rurais ainda podem mostrar alguma fraqueza. O ROE (retorno sobre patrimônio líquido) deve contrair para 19,5%, em comparação com 20,8% no 4T24 e 21,7% no 1T24, avalia o Goldman.

A Genial Investimentos projeta um resultado mais fraco para o Banco do Brasil, interrompendo a sequência de 16 trimestres de crescimento anual do lucro. A estimativa é de um lucro líquido de R$ 8,90 bilhões, com quedas de 7,1% trimestre a trimestre e 4,3% ano a ano. “O ROE deve atingir 18,6%, refletindo uma retração de -1,68 pp [ponto percentual] t/t e -2,51 pp a/a”, avalia.

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A XP espera um início de ano morno para o Banco do Brasil. Para os analistas, embora a carteira total de crédito tenha acelerado ao longo de 2024, a projeção é de estabilidade no 1T25 (-0,3% na base trimestral). Ainda assim, isso representaria um crescimento de 12% anualmente, superando o teto do guidance (+5,5%/+9,5% anualmente). Em relação ao NII, o ambiente de juros mais altos deve melhorar os retornos, mas o custo de financiamento também deve subir. Esses fatores combinados devem resultar em um NII estável.

A inadimplência deve continuar pressionado pelo setor Agro, levando também a maiores provisões. A casa projeta um lucro líquido de R$ 9,5 bilhões (+2,0% na base anual e -1,0% trimestralmente), implicando um ROAE de 20,9% (-40 bps trimestre a trimestre). “De forma geral, embora a primeira metade do ano deva continuar pressionada, esperamos uma melhora ao longo de 2025, permitindo que o lucro líquido feche dentro do guidance (cerca de R$ 39,4 bilhões)”, avalia o banco.

Já o Bradesco BBI espera um lucro bem menor, de R$ 8,7 bilhões (queda de 9,0% no trimestre e 6,2% em relação ao ano anterior), com ROAE de 18,6%, refletindo provisões mais altas, já que a inadimplência rural continua pressionada, enquanto a receita líquida de juros pode ser prejudicada por receitas com floating menores, devido a depósitos sazonalmente mais fracos.

O banco estatal, na visão dos analistas do Safra, deve mostrar margens de crédito pressionadas por custos de financiamento mais altos e volumes menores. “Ainda assim, prevemos um poder de lucro mais forte relacionado à margem não creditícia (resultados de tesouraria)”, acrescentaram, calculando um lucro líquido de R$ 9,253 bilhões para o trimestre.

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Em relação à inadimplência, eles estimam pressão sequencial de tendências mais fracas de qualidade de ativos no segmento de agronegócio. As provisões líquidas totais devem ficar em torno de R$ 10,14 bilhões. Também veem NII e receitas estáveis.

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