Bolsonaro diz que condenação no STF será “game over” e pede trégua ao tribunal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista recente que, caso seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua suposta participação na tentativa de golpe em 2022, isso representaria um “game over” para sua carreira política, sem possibilidade de recursos. Bolsonaro também expressou arrependimento por ter chamado o ministro Alexandre de Moraes de “canalha” em 2021, e sinalizou que, se voltasse ao cargo, buscaria uma relação mais harmoniosa com o Judiciário.

Durante a conversa, o ex-mandatário comentou um encontro com o general Mario Fernandes, preso sob acusação de planejar atentados contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro ainda se manifestou sobre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que realizou delação premiada, alegando que ele teria sido submetido a tortura durante o processo.

Atualmente, Bolsonaro responde a cinco acusações no STF, que somam penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão. A Primeira Turma da Corte recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando-o formalmente réu, o que pode levar a um julgamento ainda neste ano. Em paralelo, ele já foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

A entrevista ocorre em meio a um clima de crescente tensão entre o Legislativo e o Judiciário. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou que vai ingressar com ação judicial contra uma decisão do STF que limitou uma manobra legislativa em benefício de um deputado. Além disso, o Congresso se mobiliza para votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca restringir o alcance das decisões monocráticas do Supremo.

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