Caso do desaparecimento de três jovens completa um mês sem solução, em Canoas

A Polícia Civil lançou, nesta quarta-feira (15), a segunda fase da batizada Operação Amissus, visando esclarecer o caso de desaparecimento de três jovens, que aconteceu há um mês, em Canoas.

Policiais voltaram a fazer buscas nesta quarta-feira (14), mas corpos ainda não foram encontrados



Policiais voltaram a fazer buscas nesta quarta-feira (14), mas corpos ainda não foram encontrados

Foto: POLÍCIA CIVIL/DIVULGAÇÃO

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Caroline Oliveira, 19 anos, Vitor Juan Santiago, 18, e Pedro Henrique Rodrigues, 23, desapareceram na noite do dia 6 de abril, após uma tele-entrega de entorpecentes no bairro Mato Grande.

No último dia 29, a Polícia prendeu quatro suspeitos dos assassinatos. Nenhum dos presos, entretanto, deu qualquer pista sobre o que aconteceu com os jovens, motivo pelo qual as buscas continuam.

Nesta quarta-feira (14), policiais ligados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas fizeram novas buscas ao cumprir mandados de busca, no entanto, não houve êxito.

Segundo a delegada Gabriela Zinelli, que responde pela Homicídios de Canoas, um casal acabou preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte ilegal de arma de fogo e receptação.

Ela aponta que foram apreendidos cocaína, inúmeros insumos para embalar as drogas para venda, balança de precisão, um revólver calibre .38 em situação de furto, peças de uma pistola e um simulacro de fuzil.

“Eles acabaram presos pelo crime de tráfico e pela posse da arma”, frisa. “Não há provas que os liguem ao desaparecimento dos três jovens que aconteceu no mês passado”, acrescenta.

Busca pelos corpos

Durante a divulgação da Operação Amissus no mês passado, a Polícia revelou Áudios de WhatsApp encontrados no celular de um dos quatro suspeitos presos, o que deixou claro a revelam a intenção dos criminosos em abandonar o carro em que as vítimas estavam sem levantar suspeitas.

“Se ele for ali na delegacia deixar o carro vai ser pior, cupincha. Como é que ele pegou o carro que estava com eles? Cadê os corpos?”, argumenta em áudio o criminoso a um comparsa sobre a possibilidade do veículo Fiat Punto ser levado até uma DP enm Canoas.

Posteriormente, em outro áudio, encontrado pela Polícia Civil, ele continua: “É pior, mano. É pior fazer esse bagulho. O que tem que acontecer? O que tem que fazer é largar o carro em algum lugar, deixar a Polícia pegar o carro”, orienta o suspeito.

O Fiat Punto acabou encontrado abandonado na noite do dia 8 de abril na Estrada do Nazário, no bairro Guajuviras, em Canoas.

Antes disso, o carro havia sido visto circulando pelo bairro Humaitá, em Porto Alegre, onde a Polícia concentrou inicialmente as buscas.

“Encontramos o carro”, confirmou a delegada. “Mas não havia sinal de violência ou algo que pudesse garantir uma pista sobre os jovens desparecidos.”

Jovens estão desaparecidos desde o dia 6 de abril, após participarem de um churrasco na casa de amigos, em Canoas



Jovens estão desaparecidos desde o dia 6 de abril, após participarem de um churrasco na casa de amigos, em Canoas

Foto: REPRODUÇÃO

Entenda o caso

Foi na noite do dia 6 de abril que os jovens Caroline Oliveira, Vitor Juan Santiago e Pedro Henrique Rodrigues, após participarem de um churrasco na casa de amigos, desapareceram misteriosamente.
A Polícia revelou que Caroline recebeu uma ligação para uma tele-entrega de entorpecentes no bairro Mato Grande, no território de uma facção criminosa contrária, para o qual ela e os dois amigos estariam vinculados.

“Entre a saída do bairro Guajuviras e a chegada no bairro Mato Grande, território da facção rival, onde deixaram o carro, eles acabaram desaparecendo. É isso que buscamos esclarecer”, afirmou a delegada Graziela.

A hipótese mais clara é que os três jovens tenham sido colocados à força em outro carro e levados até algum local, no entanto, a Polícia não tem conhecimento ainda do que aconteceu depois.

“Não se sabe se foram arrebatados ou o que aconteceu. Sabemos que saíram para fazer uma tele-entregas de drogas e sumiram. É claro que, até pelo tempo passado, a hipótese mais clara é o homicídio”, conclui a delegada.

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