Chacina de Unaí: mandante Antério Mânica morre em hospital de Brasília

Antério Mânica, um dos condenados pela Chacina de Unaí e ex-prefeito da cidade, morreu na manhã desta quinta-feira (15/5), em Brasília, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela família.

Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. Recentemente, Antério sofreu uma queda no quarto do hospital, o que causou um traumatismo craniano. O ex-prefeito passou por uma cirurgia de emergência no último dia 9 e, desde então, permanecia em coma induzido, em estado grave.

Antério tratava um câncer de pâncreas, entre outras comorbidades, como diabetes e pressão alta. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

Em novembro de 2015, Mânica foi condenado a 100 anos de prisão por mandar matar três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e um motorista que estava com as vítimas — o caso ficou conhecido como Chacina de Unaí. Entretanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região anulou a sentença e determinou novo julgamento.

Em maio de 2022, ele foi condenado a 64 anos de prisão por quádruplo homicídio triplamente qualificado. Ele estava em prisão domiciliar desde novembro de 2024.

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Local da chacina de Unaí
Protesto por conta da chacina de Unaí (MG)
Preso por chacina em Unaí, Hugo Pimenta, é investigado por propina à ex-gerente do BB
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Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí

Reprodução/Redes sociais

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DIDA SAMPAIO/Estadão

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Local da chacina de Unaí

José Cruz/Agência Brasil

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Protesto por conta da chacina de Unaí (MG)

Wilson Dias/Agência Brasil

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Preso por chacina em Unaí, Hugo Pimenta, é investigado por propina à ex-gerente do BB

TV Globo/ Reprodução

Os irmãos Antério Mânica e Norberto Mânica, também condenado a 64 anos de prisão, foram identificados pela polícia como mandantes do assassinato dos auditores fiscais Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira, em 28 de janeiro de 2004.

Na ocasião, os três auditores fiscais do trabalho investigavam denúncias de trabalho escravo em propriedades rurais — entre elas a da família Mânica. Os auditores e o motorista que os acompanhavam foram assassinados em uma emboscada.

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