Co-fundador da Ben & Jerry’s é preso nos EUA após protesto contra guerra em Gaza

Ben Cohen, co-fundador da marca de sorvetes Ben & Jerry’s, foi preso nesta quarta-feira (14) após protestar durante uma audiência no Congresso dos EUA com o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert Kennedy Jr. O protesto ocorreu em meio a uma discussão acalorada sobre o financiamento americano ao conflito em Gaza.

Cohen levantou-se para acusar o Congresso de “matar crianças em Gaza ao comprar bombas” com recursos que, segundo ele, poderiam ser usados para financiar programas sociais como o Medicaid. O empresário afirmou em rede social que seu protesto foi uma resposta à chegada de manifestantes à sessão.

Vídeos que circulam nas redes mostram o momento em que Kennedy Jr. é interrompido e se assusta com a confusão. Cohen, embora já estivesse presente antes da chegada dos ativistas, também foi retirado por agentes da Polícia do Capitólio e detido sob acusações de aglomeração, obstrução e incômodo público.

Segundo o Axios, outras sete pessoas foram presas, algumas delas sob acusações mais graves, como agressão a policial. Cohen, porém, não foi incluído nesse grupo.

A prisão reacende o debate sobre o ativismo corporativo. A Ben & Jerry’s, que integra o grupo Unilever, tem histórico de posicionamentos políticos. Em 2021, a empresa suspendeu a venda de seus produtos em assentamentos israelenses na Cisjordânia, mantendo a distribuição apenas dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente de Israel.

Ainda não há confirmação oficial sobre a liberação de Cohen.

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