GOL amplia oferta internacional e cresce 19,4% em receita no 1T25

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A pontualidade continuou consistente com os últimos meses e alcançou 89,4% no 1T25, um avanço de 6,5 p.p. (vs 1T24), colocando a Companhia como a mais pontual do Brasil no trimestre (Divulgação/Gol)

A GOL Linhas Aéreas encerrou o primeiro trimestre de 2025 com resultados sólidos em meio à reestruturação em curso da companhia. A receita líquida alcançou R$ 5,6 bilhões, alta de 19,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada principalmente pelo transporte de passageiros. A companhia, que integra o Grupo Abra, também avançou em diversas frentes operacionais e estratégicas.

Com aumento de 12% na oferta de assentos (ASK), a GOL registrou uma taxa de ocupação de 83,5% e cresceu 6,6% em receita por assento-quilômetro (RASK). No segmento internacional, a expansão foi expressiva: a companhia ampliou em quase 50% sua oferta de voos para o exterior, com destaque para América do Sul, Caribe e América Central. A malha internacional da empresa ganhou novas rotas como Brasília–Bogotá, Brasília–Buenos Aires e voos diretos de Belém para Miami, além da reabertura de voos para Cancún.

No mercado argentino, seu principal destino internacional, a GOL reforçou a liderança com até 16 voos diários para Buenos Aires, partindo de 12 cidades brasileiras. A companhia também anunciou operações sazonais para Bariloche durante o inverno e novas bases internacionais, como Caracas, a partir de agosto.

Internamente, a GOL manteve crescimento disciplinado, com aumento de 6,3% na capacidade doméstica e reforço em hubs como Guarulhos e Galeão. No Rio Grande do Sul, retomou integralmente a operação em Porto Alegre e lançou duas novas rotas: Porto Alegre–Buenos Aires e Caxias do Sul–RIOgaleão.

A companhia também foi destaque em pontualidade. De acordo com a Cirium, foi a aérea mais pontual do Brasil no trimestre, com 89,4% dos voos no horário. No cenário latino-americano, chegou a ser a mais pontual em janeiro e ficou entre as três melhores do continente nos meses seguintes.

No entanto, o trimestre também refletiu os desafios do ambiente macroeconômico. O custo total cresceu 24,9%, pressionado pela desvalorização cambial e pelos custos de combustível e manutenção. Mesmo assim, a margem EBITDA recorrente foi de 27,3%.

A GOL continua seu processo de reestruturação sob o Chapter 11 nos Estados Unidos. Um plano de reorganização foi apresentado e deve ser avaliado pelo tribunal em 20 de maio. A empresa acredita que a aprovação permitirá fortalecer sua estrutura de capital e retomar o crescimento sustentável.

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