Greve marcada: Professores esperam posição da Prefeitura de Novo Hamburgo até sexta-feira

O Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH) confirmou nesta quinta-feira (15) que a categoria poderá entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (19). A paralisação foi aprovada em assembleia geral realizada na última terça (13), com início condicionado à ausência de uma proposta da Prefeitura sobre o reajuste anual dos servidores públicos até as 18 horas de sexta (16).

A Emeb Presidente Tancredo Neves, no bairro Canudos, está entre as escolas que aderiram ao estado de greve e já iniciou a mobilização com cartazes. | abc+



A Emeb Presidente Tancredo Neves, no bairro Canudos, está entre as escolas que aderiram ao estado de greve e já iniciou a mobilização com cartazes.

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

Segundo a presidente do sindicato, Luciana Martins, até a tarde desta quinta, a entidade não havia sido procurada pelo governo municipal para qualquer tipo de negociação ou diálogo sobre o reajuste.

Reposição inflacionária é o foco da reivindicação

A principal reivindicação dos professores é a recomposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses, estimada em 5,2%. “Nós não estamos falando em aumento de salário, mas sim em manter o mesmo salário de doze meses atrás”, afirmou Luciana.

A dirigente também destacou que a adesão dos professores ao movimento cresce diariamente. “Ainda não temos um levantamento em números, mas estamos recebendo manifestações de apoio que aumentam dia após dia”, relatou.

Prefeitura alega falta de recursos

No início do mês, a Prefeitura de Novo Hamburgo informou que não terá recursos para conceder a recomposição salarial dos servidores em 2025. Segundo a administração municipal, o motivo é o déficit médio de R$ 14 milhões mensais e o estado de calamidade financeira decretado em março deste ano.

“Greve não é contra a educação”, diz sindicato

Luciana Martins também reforçou que o movimento grevista não representa oposição à educação, mas uma luta legítima por direitos básicos. “Nenhuma professora e nenhum professor, ao lutar por seu salário e por condições de trabalho, está contra a educação. Quero reafirmar: se as escolas estiverem fechadas na segunda, não será por decisão das professoras e dos professores, mas sim do prefeito municipal, que até agora não encaminhou uma proposta de reposição salarial.”

Prefeitura ainda não respondeu

O ABCmais questionou a Prefeitura de Novo Hamburgo sobre a possibilidade de greve e se haverá alguma proposta para evitar a paralisação. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.

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