“Inovação não pode ser confundida com novidade”: palestra aborda diferenças no empreendedorismo

Começou nesta quinta-feira (15) a 1ª edição do Legado Coop, evento de cooperativismo em Nova Petrópolis, na Serra gaúcha. São dois dias de imersão no mundo das cooperativas, com mais de 20 palestras e painéis na Sociedade Concórdia de Linha Imperial.

Martha Gabriel  | abc+



Martha Gabriel

Foto: Pêndulo Audiovisual/ Divulgação

A primeira palestra foi da engenheira Martha Gabriel, autora do best-seller “Liderando o Futuro”, que fala sobre os desafios profissionais. O principal tema abordado foi a inovação e seus desafios. “Precisamos ter métodos para que a inovação seja replicada.”

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Conforme Martha, as pessoas costumam confundir inovação com novidades. “São coisas diferentes. Inovar é agregar valor, a novidade é interessante para se inspirar.” A profissional explica que tudo começa com a observação. “É necessário identificar o público que queremos atingir e, a partir disso, encontrar soluções para resolver os problemas.”

Um dos exemplos citados são os celulares. “Começou com o tijolão, depois os telefones foram diminuindo tanto, que não era mais possível enxergar. Depois, passou a acontecer o caminho inverso, com telas cada vez maiores.” Nesse sentido, diz que atualmente cada aparelho pode ser procurado por consumidores de diferentes características. “Depende do motivo pelo qual será utilizado.”

Além disso, reforça que a inovação não diz respeito apenas à tecnologia. “A tecnologia deve ser usada como um instrumento para a inovação, que por sua vez é focada em resolver a vida das pessoas. Para inovar, a tecnologia deve ser aplicada para resolver os pequenos problemas do dia a dia.”

Cultura da inovação e transformação digital

Sobre a cultura da inovação, Martha reitera que inovar é uma grande oportunidade. “Quanto mais sabemos, melhor imaginamos. Buscar soluções é estar sempre ligado às necessidades do cliente. Por exemplo, uma pesquisa mostrou que muitas pessoas não voltam aos hotéis porque o sinal do WiFi é ruim. Ou seja, ao invés de investir em uma aparelho de televisão de 60 polegadas, pouco utilizado, se deve avaliar qual a prioridade do hóspede no momento.”

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Já sobre a transformação digital, afirma que três símbolos se tornaram temidos pela população: “WiFi sem sinal, carregando e bateria fraca.” Isso mostra a conectividade em que o mundo está inserido. “Para sermos mais inovadores, precisamos também desligar, especialmente a visão. Quando temos as melhores ideias? No banho, dormindo, meditando. Ou seja, desligando a visão”, completa.

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