Mala com R$ 15 mil é perdida por tesoureiro de time gaúcho; homem é surpreendido por desconhecida após parar no hospital

O acaso quis que, na última segunda-feira (12), dois moradores de Vereanópolis, na Serra gaúcha, até então completos desconhecidos, tivessem as vidas cruzadas por conta de uma mala perdida. E o encontro foi o desfecho de uma breve história de salvamento e honestidade.

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A cuidadora de idosos Maria do Carmo Carissimi saia do Hospital São Pelegrino, onde havia ido fazer uma ressonância — que, por “sorte”, havia atrasado —, quando, enquanto esperava um táxi, viu uma mala cair de cima de um carro quando ele fez uma curva. Ela conta que via outros veículos passando e esquivando da bagagem, até que resolveu resgatá-la.

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“Recolhi a mala e voltei para o ponto de táxi. Abri a mala e olhei que tinham documentos numa carteira. Só que eu não conhecia o proprietário, não sabia quem era. Procurei nas redes sociais e não achei”, relata. Foi então que ela perguntou a uma amiga se ela sabia de quem se tratava e a mulher disse que sim. 

A mala pertencia a Albino Marim, tesoureiro do Veranópolis Esporte Clube. Após a amiga de Maria do Carmo entrar em contato com um conhecido, um parente de Marim as buscou para que o objeto fosse entregue a ele. Mas, a essa altura, achando que havia perdido o pertence — onde, além de documentos, estavam cartões, papeladas do clube e R$ 15 mil —, ele já havia ido parar no hospital. 

“A gente fica bem transtornado, entendeu? Aí caiu a pressão, e aí tinha o doutor Valdemar lá também, já me socorreu, fui para o hospital, fiz um ‘sorinho’ e durante o soro apareceu a maleta”, conta Albino. Ele diz que voltava para casa, após passar no mercado, quando colocou a maleta em cima do carro e a esqueceu. Ao perceber que havia perdido a mala, tomou um susto.

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“A gente fez o trajeto várias vezes, pra ver onde é que estava o valor, a pasta e tal. Todo mundo ajudou. Ativamos as câmaras do hospital”, diz, ressaltando que nas imagens, era possível ver só até o momento onde a pasta ainda aparecia em cima do veículo. “E a Dona Maria já estava com ela lá do outro lado da rua, numa parada de táxi. Se eu soubesse que ela estava parada ali, mas na minha busca não era olhar em volta, era olhar no chão.”

Maria do Carmo relata que, desde que encontrou a maleta, só pensava em cuidar bem para que chegasse ao dono intacta. E foi assim que ela a devolveu para Marim enquanto ele ainda estava hospitalizado. “Eu sempre digo que o que não é nosso não nos faz bem e tem que entregar para o dono. Quem fica com o dos outros não vai para frente. Tem que devolver para quem é dono.”

Aliviado, o tesoureiro agora celebra o desfecho. “Que bom que ainda existem pessoas do bem, né? Então, felizmente, ainda estamos num mundo bom.”

*Com informações de Tua Rádio Veranense.