Propostas propõem buscam buscar atendimento no SUS com “bebê reborn”

Os bonecos hiper-realistas conhecidos como “bebês reborn” estão no centro de um debate legislativo em diferentes regiões do Brasil, com legisladores apresentando propostas que vão desde a proibição do atendimento a esses bonecos em unidades de saúde até a criação de programas de apoio psicológico para pessoas que desenvolvem vínculos emocionais com eles.

Os bebês reborn têm atraído não apenas colecionadores e fãs, mas também figuras públicas como Britney Spears, Gracyanne Barbosa e o padre Fábio de Melo, que já compartilharam experiências com esses bonecos em suas redes sociais. No entanto, o uso dos reborns também desperta questionamentos, especialmente quando são protagonistas de vídeos que simulam partos, amamentação e cuidados maternos.

Veja, a seguir, os principais projetos pelo Brasil que abordam esse tema.

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Proibição de atendimento em unidades de saúde

O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG) apresentou, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um projeto que proíbe o atendimento médico a bebês reborn e outros objetos inanimados nas unidades públicas de saúde do estado.

A medida prevê multa de até dez vezes o valor do serviço prestado em caso de descumprimento, com os recursos destinados ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.

Caporezzo justificou o projeto mencionando um episódio em que uma mulher tentou levar um bebê reborn para atendimento médico, alegando que a “criança” estaria com febre. Para o deputado, esses casos representam uma “distopia generalizada” e colocam em risco o funcionamento do sistema de saúde.

Apoio psicológico

Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Rodrigo Amorim (União) protocolou um PL que propõe a criação de um programa de saúde mental para pessoas que desenvolvem laços emocionais com os bebês reborn. A iniciativa procura prevenir casos de depressão, suicídio e isolamento social.

O programa deve oferecer acompanhamento psicológico, terapias e orientação conduzidos por equipes multidisciplinares, que incluirão psicólogos, terapeutas e assistentes sociais. Amorim argumenta que, embora os reborns possam ser usados terapeuticamente em casos de luto perinatal, há riscos de que a relação simbólica evolua para uma dependência emocional prejudicial.

“Dia da Cegonha Reborn”

Na capital fluminense, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto que institui o Dia da Cegonha Reborn no calendário oficial da cidade. O projeto, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), homenageia as artesãs que produzem os bonecos, conhecidas como “cegonhas”. A data escolhida é 4 de setembro, e a proposta aguarda sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes.

Os bebês reborn são bonecos artísticos confeccionados manualmente para se assemelhar a bebês reais. As “cegonhas” são responsáveis por pintar manualmente os detalhes de pele, veias e manchas, implantar cabelos fio a fio e adicionar peso aos bonecos para que se assemelhem a recém-nascidos. O nome “reborn”, que significa “renascido” em inglês, remete ao processo detalhado de produção.

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