Trump promete que EUA não vão dar mais “lições sobre como viver” ao Oriente Médio

Durante uma conferência de investimentos em Riyadh, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos não iriam mais “dar lições sobre como viver” aos países do Oriente Médio.

A afirmação, que foi recebida com aplausos pela audiência, representa uma crítica às políticas americanas de intervenção na região.

Em seu discurso, Trump argumentou que as tentativas anteriores de nação construção causaram mais danos do que benefícios, instando os países do Oriente Médio a “traçar seus próprios destinos”.

As reações ao discurso de Trump foram rápidas e variadas, refletindo um sentimento popular de ceticismo em relação à intervenção americana.

Em várias partes do Oriente Médio, os cidadãos expressaram apoio às suas declarações, especialmente em países como a Síria e o Iémen, onde a insatisfação com as políticas dos EUA é palpável.

O discurso também foi interpretado como um eco das frustrações locais com a forma como os EUA lidaram com conflitos e crises na região.

A visita de Trump à Arábia Saudita marca o início de uma turnê por três países do Golfo, onde ele busca fortalecer laços econômicos, com promessas de mais de US$ 1 trilhão em investimentos.

No entanto, seu discurso em Riyadh também deixou claro que ele tem ambições diplomáticas mais amplas, expressando o desejo de que a Arábia Saudita reconheça Israel e busque um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear.

Trump também se reuniu com Ahmed al-Shara, o novo líder da Síria, em um encontro que surpreendeu muitos na região. Essa aproximação foi vista como uma tentativa de reintegrar a Síria na comunidade internacional, apesar do histórico conturbado do país.

A recepção calorosa de Trump na Arábia Saudita contrasta com a abordagem mais fria do presidente Biden em relação ao príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, especialmente após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Entretanto, as declarações de Trump não foram bem recebidas por todos.

Alguns ativistas e opositores criticaram a falta de menção a questões de direitos humanos durante seu discurso, levantando preocupações sobre o impacto que a diminuição da pressão americana sobre esses temas poderia ter na região.

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