WNBA deve virar a liga mais valiosa do esporte feminino — e com uma ajuda brasileira

Com a temporada começando nesta sexta-feira (16), a Women’s National Basketball Association (WNBA) está prestes a iniciar o que promete ser o mais aguardado campeonato da história do esporte feminino, o que já se reflete nos números.

No ano passado, 54 milhões de espectadores assistiram à temporada regular, quase o dobro do número em 2022.

As transmissões na ESPN atraíram uma média de 1,2 milhão de espectadores nos EUA, enquanto as partidas equivalentes da liga masculina alcançaram 1,5 milhão.

Aproximadamente 60% da audiência da WNBA é composta por homens, em parte porque a liga joga em horários que não coincidem com os jogos da NBA.

Além disso, um novo contrato de direitos de mídia, que entrará em vigor no próximo ano, valerá US$ 200 milhões por ano, tornando a WNBA a liga feminina mais valiosa do mundo, superando a National Women’s Soccer League, a liga americana de futebol feminino.

O aumento da popularidade da WNBA pode ser atribuído a uma maior acessibilidade.

Há uma década, os jogos eram transmitidos de forma esporádica e em canais escondidos na TV à cabo. Em 2015, por exemplo, a ESPN transmitiu apenas 11 jogos na temporada.

No entanto, a situação mudou drasticamente em 2021, quando as redes principais concordaram em aumentar a programação e transmitir pelo menos 100 jogos. Neste ano, mais de 175 partidas serão transmitidas ou transmitidas ao vivo.

A cobertura também se expandiu para o basquete feminino universitário, permitindo que os espectadores acompanhem torneios como o “March Madness”, o mata-mata do basquete universitário, e o draft da WNBA.

Estrelas como Caitlin Clark, que se destacou jogando pelo Indiana Fever, também desempenham um papel crucial na atração de novos fãs.

Clark, que marcou 122 cestas de três pontos em sua temporada de estreia, tem sido comparada a grandes nomes do esporte, e sua habilidade em arremessar de longa distância tem acelerado o interesse pela liga.

“Uma inclinação em um gráfico se transformou mais ou menos em uma linha reta vertical”, disse o jornalista Howard Megdal, em uma entrevista à revista The Economist, sobre o impacto de Clark no interesse sobre a WNBA.

O crescimento da WNBA também atraiu investimentos significativos, com novos times planejados para Portland, San Francisco e Toronto até 2026. Recentemente, uma proposta de US$ 250 milhões foi feita para adicionar uma franquia em Cleveland.

Apesar do sucesso, a WNBA ainda enfrenta desafios para expandir sua audiência global.

Atualmente, a NBA possui o maior número de seguidores nas redes sociais entre as ligas esportivas domésticas do mundo, com quase 70% de seus fãs interagindo online fora dos Estados Unidos.

Para que a WNBA siga um caminho semelhante, é fundamental encontrar novos talentos internacionais que possam atrair mais atenção e expandir o alcance da liga.

E uma brasileira pode ser chave nesse processo: Kamilla Cardoso, do Chicago Sky, escolhida na terceira posição no draft da temporada passada e reconhecida como uma das melhores jogadoras novatas na última temporada — o país tem outra representante na liga, Damiris Dantas, do Indiana Fever.

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