Após recorde, Bolsa cai com tombo do Banco do Brasil. Dólar recua

O dólar e a Bolsa de Valores (B3) fecharam em queda nesta sexta-feira (16/5). A moeda americana recuou 0,19% frente ao real, cotada a R$ 5,66. O Ibovespa, o principal índice da B3, registrou baixa de 0,11%, aos 139.187 pontos. Variações de até 0,20%, para cima ou para baixo, são consideradas pequenas pelo mercado e indicam estabilidade dos indicadores.

Apesar da pequena queda, o Ibovespa bateu um recorde na véspera, ao superar pela primeira vez a barreira dos 139 mil pontos. Para analistas, isso não quer dizer que o índice apresente a maior valorização da história (leia mais sobre esse assunto neste link), mas mostra que ele vem avançando de forma consistente.

Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da fintech Nomad, diversos dados divulgados nos Estados Unidos contribuíram para uma reavaliação das expectativas em relação ao comportamento dos juros americanos de curto prazo. Isso inclui a queda inesperada do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), o recuo da atividade industrial e a retração nas vendas no varejo.

As informações indicam um desaquecimento da economia americana, o que aponta para uma maior possibilidade de corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). “Esse cenário beneficia o Brasil, onde a taxa Selic permanece em patamar elevado, sustentando o diferencial de juros e atraindo fluxo estrangeiro para os ativos locais”, diz Shahini.

Desempenhos no Ibovespa

Na B3, análise feita pela Ativa Investimentos atribui destaque positivo para as ações da Marfrig (MRFG3), que avançam 16,26%, seguidas pela Hapvida (HAPV3), com alta de 5,19%, e pelo IRB Brasil (IRBR3), cujos papéis subiram 5,00%. A Marfrig avançou depois do anúncio da fusão com a BRF.

Os destaques negativos, na avaliação da Ativa,  ficam com o Banco do Brasil (BBAS3), que recuou 12,79% na B3, seguidas pela Yduqs (YDUQ3), com queda de 4,57%, e pela Braskem (BRKM5), com baixa de 2,73%. O tombo dos papéis do Banco do Brasil foi resultado da divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano.

Mais Trump

Nesta sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a falar sobre tarifas. Ele disse que as autoridades americanas enviarão cartas aos países afetados pelas sobretaxas, detalhando “quanto eles pagarão para fazer negócios com os EUA”.

As tais cartas sejam devem ser enviadas nas próximas duas ou três semanas. A afirmação de Trump, que está em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, desta vez não causou estragos no mercado.

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