GOL garante US$ 1,9 bi em financiamento e viabiliza saída do Chapter 11

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Financiamento de US$ 1,9 bilhão reforça a liquidez da GOL e marca um passo decisivo na sua reestruturação financeira (Eric Ribeiro)

A GOL Linhas Aéreas anunciou nesta quinta-feira (16) que garantiu compromissos vinculantes de financiamento no valor de US$ 1,9 bilhão, dentro do processo de reestruturação financeira conduzido sob o Chapter 11 nos Estados Unidos. O novo financiamento, com prazo de cinco anos, será utilizado para amortizar dívidas existentes, reforçar a posição de liquidez da empresa e apoiar suas operações futuras.

O aporte é resultado de um processo amplo de captação realizado nos últimos seis meses. A operação contou com o apoio de investidores âncora — Castlelake, L.P. e Elliott Investment Management, L.P. — que se comprometeram a subscrever até US$ 1,25 bilhão em instrumentos de dívida. A companhia também fechou um acordo com um grupo ad hoc de detentores das notas seniores garantidas de 8% com vencimento em 2026, que inicialmente contribuiriam com US$ 125 milhões, valor posteriormente ajustado para US$ 50 milhões.

Para completar os recursos necessários, a GOL precisava levantar US$ 495,5 milhões adicionais. Ao final do processo, recebeu ordens no valor de US$ 796,9 milhões — o que permitiu à empresa reduzir a taxa de juros do financiamento de 14,625% para 14,375%. Esse excesso de demanda também permitiu redistribuir a participação entre investidores, aumentando para US$ 570,5 milhões o montante disponível para novos aportes.

O financiamento será estruturado da seguinte forma:

  • US$ 1,250 bilhão provenientes dos investidores âncora;

  • US$ 50 milhões do grupo ad hoc;

  • US$ 30 milhões em novos aportes via subscrição de direitos;

  • US$ 570 milhões de outros investidores.

A liberação dos recursos está condicionada à homologação judicial do plano de reestruturação apresentado no âmbito do Chapter 11, perante o Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. O financiamento também será utilizado para quitar o empréstimo contratado sob o regime de debtor-in-possession (DIP) durante o processo.

A operação teve como assessores o escritório Milbank LLP, Seabury Securities LLC (também como agente líder de colocação), BNP Paribas Securities Corp. (coordenador líder e agente de colocação), AlixPartners LLP e o escritório Lefosse Advogados, responsável pela assessoria jurídica no Brasil.

A companhia reforçou que o comunicado inclui declarações prospectivas e que os resultados futuros podem divergir significativamente em função de riscos, incertezas e mudanças nas premissas de mercado.

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