GRIPE AVIÁRIA: Exposição de aves na Fenasul, em Esteio, é cancelada

O Rio Grande do Sul vive novos desdobramentos da confirmação de casos de gripe aviária – são dois focos: um em granja de Montenegro e outro no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul – com medidas preventivas para evitar novos casos.   

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), ordenou a remoção imediata de aves (como galinhas e passarinhos) que estão expostas na Fenasul Expoleite, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

A medida de evacuação de pássaros que devem retornar com segurança a seus criadores, segundo a Seapi, se dá para evitar danos à saúde dos animais e garantir a segurança dos mesmos. A medida é necessária por conta da confirmação, na manhã desta sexta-feira (16/5), do diagnóstico de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) no Rio Grande do Sul.

Segundo informações da Seapi, um decreto deve ser publicado em breve com a orientação de que aves e pássaros estão proibidos de participar de eventos, exposições e feiras em todo o Rio Grande do Sul, como medida de precaução.

A Fenasul Expoleite, que tem entrada gratuita e segue com programação nesta sexta-feira (16), sábado (17) e domingo (18), com exceção da mostra de aves, segue normalmente com sua programação no Parque Assis Brasil. 

 Medidas preventivas já haviam sido adotadas

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), já havia realizado na semana passada, antes da abertura da Fenasul Expoleite, medidas de biosseguridade, em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul) e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), no pavilhão de pássaros e aves do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil.

A fiscal estadual agropecuário do DDA, Alessandra Krein, explicou em 9 de maio que as medidas visavam ao atendimento de regras para os locais de eventos em todo o Rio Grande do Sul, como instalações com estruturas capazes de restringir a entrada de aves de vida livre ou escapes de aves do evento. 

A fiscal agropecuário lembrou na época que a medida visava exatamente mitigar o risco de contato das aves participantes do evento com aves de vida livre, que representam risco de contágio de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ou caso sejam portadoras desse vírus especificamente.

Já estavam em vigor duas portarias do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): uma prorrogava por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária para Influenza Aviária em todo o território nacional; e outra que estabelece em todo o território nacional as medidas preventivas em função do risco de ingresso e de disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no país.

Já havia dentro destas portarias do Ministério da Agricultura uma medida de suspensão de eventos como exposições, torneios, feiras e demais eventos de aglomerações de aves, com exceção para aqueles que o Serviço Veterinário Estadual autorizar (que até hoje era o caso da Fenasul Expoleite) após avaliação da situação epidemiológica no Estado. Com os focos no RS, agora, um decreto deve suspender exposições de aves por, pelo menos, os próximos dois meses.

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