“Sequer pedimos aumento real, apenas a reposição da inflação”, diz presidente do Sindicato dos Professores ao confirmar greve

Com a confirmação da greve a partir de segunda-feira (19) na rede municipal, o Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (Sindiprof-NH) espera uma nova proposta do Executivo. Na noite desta sexta-feira (16), participantes da assembleia-geral extraordinária recusaram a primeira proposição da Prefeitura, com aumento real previsto apenas para 2026 e 2027.

“Sequer pedimos aumento real, apenas a reposição da inflação em 2025”, explica a presidente do sindicato, Luciana Martins. Conforme a professora, foram dois encontros com a presença do prefeito: nos meses de março e abril. “Em nenhum momento houve negociação ou proposta financeira”, reitera.

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Luciana relata que a falta de reposição salarial reduziu o poder de compra dos educadores. “Nossas despesas de sobrevivência não podem esperar até 2026. As dificuldades são diárias.” Com a data base do dissídio estipulada para abril, a presidente diz que no dia 23 houve o comunicado por parte do poder público de que os servidores públicos não receberiam a reposição anual.

Segundo a Prefeitura, há déficit de 14 milhões mensais nos cofres, além de uma dívida estipulada em R$ 200 milhões. Entretanto, Luciana cita exemplos de outros municípios com dívidas ainda mais elevadas e que efetuaram o repasse, como Canoas e São Leopoldo. “Cidades como Ivoti, Campo Bom e Estância Velha também cumpriram a lei. Em Ivoti o dissídio foi maior do que a inflação.”

Mobilização

A presidente do Sindiprof-NH considera que a greve, aprovada na última terça-feira (13), terá 100% de adesão. “A categoria está mobilizada.” Para evitar transtornos, a comunidade escolar já começou a ser avisada e mais de 20 mil cartas foram entregues aos responsáveis pelos alunos. “Vamos ampliar a divulgação durante o final de semana. Muitas famílias têm demonstrado apoio nas redes sociais, com comentários, marcações.”

Na noite desta sexta-feira, alguns pais e responsáveis já eram avisados sobre a greve, prevista para começar às 7h30 de segunda.

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A reportagem questionou a Prefeitura de Novo Hamburgo, que afirmou não ter recebido até as 21h30 nenhum comunicado oficial sobre a paralisação dos professores.