Chefe do PCC preso: PF aguarda resposta sobre extradição da Bolívia

A Polícia Federal (PF) aguarda uma resposta da Bolívia sobre a situação do Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) preso em Santa Cruz de La Sierra nesta sábado (17/5). De acordo com o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, uma definição sobre expulsão ou extradição do criminoso deve ocorrer neste domingo (18/5);

“Para definir os próximos passos, aguardaremos as autoridades bolivianas. Respeito as autoridades do país para decidir. Expectativa é que ocorra a expulsão imediata ou um processo regular de extradição, mas isso é [decidido] dentro da soberania e do processo do outro país”, disse Andrei Rodrigues em coletiva, sem confirmar o nome do chefe do PCC. Ele informou que equipes e aeronaves estão de prontidão para retirada do brasileiro do país.

A operação que levou à detenção do foragido foi realizada com apoio da Força Especial de Luta Contra o Crime, do país vizinho. As autoridades bolivianas detiveram Tuta quando ele se apresentou, com documentos falsos, para renovar seu registro de estrangeiro.

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Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, Já foi considerado número 1 do PCC nas ruas

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, chefão do PCC foragido
Tuta ocupou o posto de principal líder do PCC nas ruas entre 2020 e 2022, quando foi expulso da facção
Tuta é oficialmente considerado foragido
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Tuta

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Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, Já foi considerado número 1 do PCC nas ruas

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Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, chefão do PCC foragido

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Tuta ocupou o posto de principal líder do PCC nas ruas entre 2020 e 2022, quando foi expulso da facção

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Tuta é oficialmente considerado foragido

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De acordo com a Polícia Federal, o líder do PCC estava foragido desde 2021. Ele foi condenado a 12 anos por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Como mostrou a colunista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, Tuta é um dos nomes mais enigmáticos e influentes do PCC fora dos presídios.

“Ele tentava renovar o registro de estrangeiro na Bolívia, com documento brasileiro falso. O documento [boliviano] era materialmente legítimo, mas falso porque os dados brasileiros eram falsos”, comentou Andrei. O preso constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, o que motivou a intensificação dos esforços para localização captura.

Tuta é apontado como cérebro financeiro do PCC. Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) atribuem a ele o papel de operador de um sistema que movimentou mais de R$ 1 bilhão para o PCC, com ramificações no tráfico internacional de drogas e aquisição de imóveis de luxo.

Ele ganhou notoriedade em 2020, quando escapou da Operação Sharks. Na ocasião, Tuta não foi localizado pela Rota no endereço conhecido. Depois, surgiram provas de que o próprio criminoso teria afirmado, em áudio, ter sido “salvo pela R”.

Segundo a Gaeco, o chefe do PCC teria pago R$ 5 milhões a policiais do setor de inteligência da Rota em troca de informações privilegiadas sobre os mandados. Parte do valor foi paga em espécie, com R$ 2 milhões de entrada, segundo os investigadores.

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