O que o Fundo Garantidor de Crédito não cobre: veja os investimentos fora da proteção

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é frequentemente visto como uma rede de proteção para quem investe em produtos bancários. Ele atua como uma espécie de seguro, cobrindo perdas de investidores e correntistas em caso de falência de instituições financeiras. No entanto, embora seja uma garantia importante, o FGC não cobre todos os tipos de aplicações financeiras.

Muitos brasileiros acreditam que todos os investimentos têm alguma proteção automática, mas não é bem assim. A cobertura do FGC tem limites claros — tanto de valor quanto de tipo de produto — e entender essas exceções é essencial para evitar surpresas e tomar decisões mais informadas.

Produtos que o FGC não cobre

Uma das principais exclusões do FGC são os investimentos em ações e fundos de investimento. Por se tratar de produtos sujeitos à volatilidade e riscos de mercado, essas aplicações não se enquadram na lógica de proteção do fundo.

Também estão fora da cobertura os títulos de dívida emitidos por empresas, como debêntures, e os COEs (Certificados de Operações Estruturadas). Esses ativos combinam diferentes instrumentos financeiros e apresentam retornos variáveis — por isso, são considerados de maior risco.

Outro ponto importante é que criptomoedas, derivativos e contratos atrelados a programas de governo também não são protegidos. Em comum, todos esses produtos têm características que exigem maior atenção por parte do investidor.

FGC é uma garantia extra para investidores, mas tem limites. (Foto: Alison Calazans/Getty Images)

Previdência privada e títulos públicos: por que não estão incluídos?

Planos de previdência privada, nas modalidades PGBL e VGBL, também não contam com o respaldo do FGC. Apesar de serem produtos amplamente utilizados, são regulados por regras diferentes, que não os classificam como depósitos garantidos.

Os títulos públicos, como o Tesouro Direto, também não fazem parte da cobertura. Mas, nesse caso, o risco de inadimplência do governo federal é considerado extremamente baixo. Por isso, mesmo sem a proteção formal do FGC, esses títulos continuam sendo vistos como seguros.

Vale reforçar que a ausência de garantia não torna esses produtos ruins. A maioria deles é fiscalizada por órgãos reguladores e pode ser adequada a perfis de investidores com maior apetite por risco.

Como proteger seus investimentos com equilíbrio

Para montar uma carteira mais segura, o ideal é diversificar os investimentos. Isso inclui equilibrar ativos cobertos pelo FGC com produtos de maior retorno — mas sem garantia. Assim, é possível diluir os riscos e manter parte do patrimônio protegida.

Além disso, é fundamental buscar informações e entender o funcionamento de cada ativo antes de investir. Saber que o FGC não cobre todos os produtos ajuda a evitar decisões impulsivas e traz mais clareza na hora de escolher onde aplicar seu dinheiro.

No universo dos investimentos, não existe proteção absoluta — mas boas escolhas começam com conhecimento. A análise cuidadosa é o melhor recurso para investir com mais segurança e autonomia.

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