Rio Grande do Sul e Goiás decretam emergência após caso de gripe aviária em Montenegro

Os governos gaúcho e goiano publicaran neste sábado (17) decretos de estado e situação de emergência, respectivamente. A decisão dos dois Estados é uma resposta após a detecção de dois focos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) nas cidades de Montenegro e Sapucaia do Sul.

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Foto: Agrodefesa/GO

No caso da cidade do Vale do Caí a situação é mais preocupante, já que a doença foi detectada em uma granja comercial. Já em Sapucaia do Sul o H5N1 afetou aves silvestres no zoológico da cidade. Em maio de 2023 o governo federal declarou pela primeira vez neste ciclo da doença, a emergência zoossanitária justamente em razão da gripe aviária.

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À época, o Brasil registrou diversos casos de gripe aviária em estados do País. Contudo, todos estes registros foram em aves silvestres, o que não afetava a produção avícola. Uma série de medidas foram tomadas para evitar a chegada do vírus em granjas comerciais.

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Entre elas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou por mais de uma vez a suspensão para que eventos ligados ao agronegócio tivessem a presença de aves vivas. A mais recente decisão neste sentido foi tomada publicada no dia 26 de março.

Diferença entre os estados

Mesmo tendo sido publicadas no mesmo dia, as portarias do governo de Goiás e do Rio Grande do Sul têm diferenças. No caso gaúcho, por se tratar de um decreto de estado de emergência em saúde, as restrições a serem adotadas para evitar novos casos de gripe aviária são mais severas.

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Gripe aviária

Foto: Pixabay

Por um período inicial de 60 dias prevê o isolamento sanitário nos municípios de Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. O texto prevê que a “área compreende a restrição de movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção ou o bloqueio de acesso.”

Já no caso de Goiás o texto é menos restritivo, e prevê o reforço nas medidas de fiscalização contra a doença. Desde que o primeiro caso em granja comercial foi confirmado em Montenegro, o Brasil vem sofrendo com a suspensão de compras de carne de frango por mercados internacionais. O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador avícola do país, ficando atrás de São Paulo e Paraná.

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