Samir Xaud, cotado para a CBF, é réu por fraude e errou laudo médico, dizem jornais

O médico Samir Xaud, atual favorito à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), responde a um processo por improbidade administrativa e já foi suspenso por dois anos da função de perito médico do Tribunal de Justiça de Roraima por erro em laudo. A eleição para o comando da CBF está marcada para o próximo dia 25.

Segundo o Ministério Público de Roraima, Xaud é acusado de integrar um esquema de falsificação de documentos enquanto ocupava o cargo de diretor-geral do Hospital Geral de Roraima (HGR), entre 2017 e 2020. De acordo com a denúncia, obtida pelo jornal Estadão, ele e outros seis gestores teriam simulado serviços médicos para justificar pagamentos à empresa Coopebras, causando um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. A ação judicial está em tramitação.

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“O expediente fraudulento permitiu pagamentos indevidos em favor da Coopebras”, afirmou o promotor Igor Costa, destacando que os acusados informaram a realização de atendimentos, exames e cirurgias que não teriam ocorrido.

Em nota ao jornal, a defesa de Xaud afirmou que “o processo em questão não apresenta qualquer indício de irregularidade” por parte do médico e que não há impedimento legal para que ele exerça cargos em entidades associativas, como a CBF.

Além do processo por improbidade, Xaud foi excluído do cadastro de peritos do TJ de Roraima por dois anos, após errar uma perícia em 2018. Segundo o colunista Lauro Jardim, no jornal O Globo, Xaud foi designado para avaliar uma lesão na perna esquerda de um motociclista, mas examinou o braço esquerdo e constatou apenas lesões leves. Intimado diversas vezes para corrigir o laudo, Xaud não respondeu, o que atrasou o processo por quase um ano, segundo o TJ, em decisão obtida pelo jornal.

Aos 41 anos, Samir Xaud preside a Federação de Futebol de Roraima e tem o apoio declarado de 22 federações estaduais para assumir a CBF. Ele é filho de Zeca Xaud, que comandou a entidade roraimense por quatro décadas. A CBF, atualmente sob intervenção de Fernando Sarney, não se manifestou sobre os casos.

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