Acordo entre Boeing e Justiça dos EUA faz famílias de vítimas do 737 MAX protestarem

WASHINGTON (Reuters) – Famílias de algumas das 346 pessoas mortas em dois acidentes fatais com o Boeing 737 MAX planejam se opor a uma tentativa de acordo de não acusação entre o fabricante do avião e o Departamento de Justiça dos EUA, disse um advogado no sábado.

O Departamento de Justiça delineou o acordo provisório em uma reunião de mais de duas horas com as famílias na sexta-feira e disse em um processo judicial no sábado que elas teriam até quinta-feira para apresentar objeções por escrito.

Paul Cassell, advogado das famílias, disse que elas se oporiam “a qualquer acordo nos moldes descritos pelo DOJ ontem, porque ele não responsabiliza a Boeing pelo ‘crime corporativo mais mortal da história dos Estados Unidos’”, citando os comentários anteriores do juiz distrital Reed O’Connor.

O Departamento de Justiça disse em seu processo que “ainda não decidiu se entrará no acordo ou se prosseguirá com o julgamento, e não tomará a decisão até que termine de conversar com as famílias.”

O acordo evitaria um julgamento em 23 de junho que a fabricante de aviões enfrenta em uma acusação de fraude, de que enganou os órgãos reguladores dos EUA sobre um sistema de controle de voo crucial no 737 MAX, seu jato mais vendido.

O acordo permitiria que a Boeing evitasse ser marcada como criminosa condenada e seria um golpe para as famílias que perderam parentes nos acidentes e que pressionaram os promotores a levar a fabricante de aviões dos EUA a julgamento.

A Boeing não quis comentar.

Em julho, a Boeing concordou em se declarar culpada de uma acusação de conspiração de fraude criminal após os dois acidentes fatais do 737 MAX na Indonésia e na Etiópia, ocorridos em 2018 e 2019, e em pagar uma multa de até US$ 487,2 milhões.

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