Aumentos no iFood: o que muda para quem entrega de bike ou moto?

No dia 29 de abril, o iFood divulgou um pacote de mudanças que afeta diretamente a rotina dos entregadores parceiros. Entre os anúncios, estão o aumento no valor mínimo por entrega, ajustes nas rotas e novos benefícios voltados à saúde e à segurança dos trabalhadores. As alterações vêm após anos de reivindicações da categoria, que vinha pressionando por melhores condições.

A remuneração mínima para entregas feitas de bicicleta subiu de R$6,50 para R$7,00, enquanto para motociclistas passou de R$6,50 para R$7,50 — um reajuste de 7,7% e 15,4%, respectivamente.

Além disso, o app informou que os ciclistas terão agora trajetos padronizados, com cerca de quatro quilômetros, e os entregadores passam a receber adicionais por quilometragem extra.

Apoio do iFood em casos de acidente, morte e maternidade

Aumento da taxa mínima e novos benefícios marcam o novo pacote de medidas do iFood. (Foto: Reprodução)

Uma das mudanças mais comentadas foi a ampliação da cobertura para acidentes com entregadores. O novo plano cobre despesas médicas por até 30 dias e, em casos mais graves, como invalidez ou falecimento, a família poderá receber até R$120 mil, além de apoio emocional e auxílio funeral.

Para as mulheres, foi anunciada uma ajuda anual voltada ao bem-estar e ao cuidado com a saúde. A cobertura inclui licença para cuidar dos filhos e exames de rastreamento de câncer, além de apoio durante a gestação.

Embora os detalhes financeiros não tenham sido divulgados, a proposta busca contemplar as necessidades específicas das entregadoras.

Mudanças não atendem a todas as demandas da categoria

Mesmo com os reajustes, representantes da categoria apontam que as medidas não atendem às principais reivindicações feitas em protesto no fim de março.

Os entregadores pediam, por exemplo, uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, limitação de 3 km nas rotas de bicicleta e pagamento integral por cada pedido — inclusive quando há múltiplos destinos em uma única viagem.

O anúncio do iFood também coincide com o retorno da concorrente 99Food ao Brasil. A plataforma, que operou até 2020, retomou as atividades oferecendo entregas com foco em alimentos.

Assim, o cenário reacende a disputa no setor, pressionando ainda mais as plataformas por melhorias e transparência nas condições de trabalho.

O que avaliar antes de entrar para o setor de entregas?

Para quem pensa em atuar como entregador por aplicativo, é importante ir além da remuneração inicial. Conhecer os direitos oferecidos pela plataforma, como seguros e benefícios em caso de acidentes, faz parte de uma escolha mais consciente. Também vale observar como funcionam as rotas e as formas de pagamento.

Outro ponto essencial é calcular os custos operacionais, que podem comprometer boa parte do ganho. Gastos com combustível, alimentação, manutenção da bicicleta ou da moto devem entrar na conta. Somar tudo isso permite entender se o retorno financeiro é compatível com o esforço exigido.

Por fim, embora o trabalho ofereça autonomia e horários flexíveis, ele exige preparo físico e organização. A rotina nas ruas pode ser intensa, com sol, chuva e trânsito — além da pressão por rapidez. Por isso, planejamento e informação são aliados para garantir mais segurança e estabilidade.

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