Centro-direita vence eleição e mantém governo de Portugal, diz boca de urna

LISBOA – As primeiras projeções das eleições legislativas em Portugal, divulgadas neste domingo (18) por meio das pesquisas de boca de urna, apontam vitória da coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD). O Partido Socialista (PS) aparece em uma disputa pelo segundo lugar contra o Chega, de extrema-direita, que cresce em relação à última eleição

A pesquisa de boca de urna foi divulgada às 16h de Brasília pela Universidade Católica Portuguesa, uma hora após o encerramento da votação em Portugal.

Segundo os dados, a AD, liderada por Luís Montenegro, deve conquistar entre 29% e 34% dos votos. O PS, com Pedro Nuno Santos como cabeça de chapa, aparece com cerca 21% a 26%. Já o Chega, partido de André Ventura, registra de 20% a 24% dos votos, o suficiente para obter de 20 a 24 deputados.

Veja os números:

  • AD: 30,3 a 34,7% (82 a 94 deputados)
  • PS: 21,6 a 25,8% (56 a 66 deputados)
  • CH: 19,9 a 24,1% (55 a 65 deputados)
  • IL: 4,2 a 7,4% (6 a 12 deputados)
  • BE: 1 a 3,6% (1 a 4 deputados)
  • Livre: 3,3 a 6,5% (4 a 10 deputados)
  • CDU: 1,4 a 4% (1 a 4 deputados)
  • PAN: 0,5 a 2,5% (0 a 2 deputados)
  • JPP: 0,2 a 0,8% (0 a 1 deputado)

Com esses números, a AD dependerá de alianças para formar governo — cenário que já era previsto nas últimas pesquisas, mas que se confirma agora com os resultados da boca de urna.

Além da disputa política, um dos temas centrais da eleição foi a possibilidade de mudança nas regras para concessão da cidadania portuguesa. A AD, que lidera o atual governo, defende aumentar de cinco para até dez anos o tempo mínimo de residência para imigrantes solicitarem a nacionalidade, medida que pode afetar diretamente os mais de 500 mil brasileiros que vivem em Portugal.

Este foi o terceiro pleito legislativo em três anos no país, resultado de uma crise política contínua marcada pela renúncia do socialista António Costa em 2023 e pela queda do governo de Montenegro em março deste ano.

Números preliminares divulgados pela Universidade Católica Portuguesa apontam estimativa de participação eleitoral entre 58% e 64%, valores que indicam nível abstenção pelo menos igual, ou talvez até maior, do que no último pleito. Em março do ano passado, a participação eleitoral ficou em 59,8%.

(matéria em atualização)

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