Facção de “Sultão do PCC” matou membro do CV com 100 tiros. Vídeo

A facção Komando da Linha Verde (KLV), que teve um dos fundadores preso em uma cobertura na zona oeste de São Paulo na semana passada, ganhou notoriedade em 2024 quando integrantes mataram um rival com mais de 100 tiros e compartilharam o vídeo da execução em grupos de WhatsApp.

Na gravação, é possível ver o grupo apontando armamentos de diferentes calibres, incluindo fuzis, para um homem rendido, de joelhos. A vítima seria integrante da facção carioca Comando Vermelho (CV), rival do KLV, que é alinhado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Não tenta não, desgraça. Ó seu ‘criazinho’ aí, ó. Ces falou que ia vir aqui. Pode vir, na Linha Verde nunca vai se criar, não. Nunca”, afirma o membro do KLV. “O bagulho é o 15, rapaz. É o PCC”.

Assista:

Bruno Teixeira Silva, o Bruno Cabeça, foi preso na última quarta-feira pela Polícia Federal (PF) em parceria com autoridades baianas. Ele foi encontrado em uma cobertura avaliada em R$ 5 milhões na Vila Leopoldina, acompanhado de duas mulheres, o que lhe rendeu o apelido de “Sultão do PCC”. Com ele, foram encontradas joias e telefones celulares.

De acordo com as investigações, Bruno participava, à distância, da coordenação de diversas ações do KLV, como tráfico de drogas e sequestros.


KLV

  • A facção KLV surgiu na cidade de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, em data incerta.
  • Os bairros de Monte Gordo e de Abrantes são algumas das regiões em que a facção tem maior presença.
  • Na Bahia, os principais rivais da organização criminosa são o Bonde do Maluco (BDM) e o Comando Vermelho (CV).
  • Além de Bruno Cabeça, outras lideranças do KLV estiveram entre as figuras mais procuradas pelas autoridades baianas nos últimos anos. Entre eles Marivan Elias da Silva, o “Kila”; João Ivan Oliveira Rodrigues, conhecido como “Meiquinho” e Anailton de Jesus Marinho, conhecido como “Pito”.

O traficante também é investigado por uma série de homicídios e foi apontado como um dos criminosos mais procurados da Bahia. A Polícia Civil afirma que ele foi mandante de dois homicídios e participou de um terceiro. Não há informação sobre se ele teria envolvimento na morte do integrante do CV com 100 tiros no ano passado.

Em 16 de julho de 2017, Cabeça foi preso pela Polícia Civil do Ceará em um baile funk na Praia do Futuro, em Fortaleza. Morava havia sete meses na capital cearense e possuía dois mandados de prisão em aberto, entre eles um por crime de homicídio, na Bahia. O faccionado foi solto oito meses depois.

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