Aliados pressionam Israel e cogitam sanções por ofensiva em Gaza

Em uma declaração conjunta emitida nesta segunda-feira (19/5), os líderes da França, Canadá e Reino Unido expressaram profunda preocupação com a intensificação da ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e alertaram para a possibilidade de impor sanções caso as ações não cessem imediatamente.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, condenaram as operações israelenses como “desproporcionais” e “potencialmente em violação do direito internacional humanitário”. Eles também criticaram a restrição à entrada de ajuda humanitária em Gaza, considerando-a “intolerável” diante da crise humanitária que afeta mais de dois milhões de palestinos.

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Pessoas vasculham os destroços de uma casa após um ataque israelense na Cidade de Gaza em 18 de março de 2025.

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Pessoas vasculham os destroços de uma casa após um ataque israelense na Cidade de Gaza em 18 de março de 2025.

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Os líderes condenaram a “odiosa linguagem usada recentemente por membros do governo israelense”.

“Israel sofreu um atentado atroz em 7 de outubro. Sempre apoiamos o direito de Israel de defender os israelenses contra o terrorismo, mas esta escalada é totalmente desproporcional. Se Israel não puser fim à nova ofensiva militar nem interromper suas restrições à ajuda humanitária, adotaremos outras medidas concretas em resposta”, afirmaram os líderes das potências.

Apesar de Israel ter permitido a entrada de nove caminhões de ajuda humanitária pela passagem de Kerem Shalom após quase três meses de bloqueio total, os líderes ocidentais consideraram a medida insuficiente. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que seriam necessários cerca de 500 caminhões diários para atender às necessidades básicas da população local.

A declaração conjunta também solicitou que Israel interrompa imediatamente as operações militares em Gaza, e que permita o acesso irrestrito de ajuda humanitária. Além disso, os líderes expressaram preocupação com a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerando-a uma ameaça à viabilidade de uma solução de dois Estados e à estabilidade regional.

“Estamos decididos a reconhecer um Estado palestino como contribuição para a realização de uma solução de dois Estados, e estamos dispostos a trabalhar com outros para tal fim”, acrescentaram.

Conforme o último relatório divulgado pelo ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 53 mil mortes já ocorreram desde o início do conflito. O número foi confirmado pela ONU.

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