BRF lucra R$ 1,18 bi no 1TRI25, alta de quase 100% em um ano

A BRF (BRFS3) reportou um lucro líquido de R$ 1,18 bilhão no primeiro trimestre de 2025, resultado que representa uma alta expressiva de 99,6% em relação aos R$ 594 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado por uma combinação de crescimento da receita e redução nas despesas financeiras.

A companhia, uma das maiores exportadoras de alimentos do Brasil, destacou que o avanço foi sustentado pelo bom desempenho operacional — com aumento das vendas e rentabilidade em todos os segmentos — e pela melhora na estrutura de capital.

O EBITDA ajustado somou R$ 2,75 bilhões, com crescimento anual de 30%. A receita líquida consolidada alcançou R$ 15,5 bilhões, alta de 16% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Desse total, o mercado doméstico respondeu por R$ 7,4 bilhões, avanço de 20,6%, enquanto o segmento internacional somou R$ 7,5 bilhões, alta de 15,4%. Já a linha de “outros segmentos” teve queda de 10,2%, com R$ 655 milhões em receita.

BRF (BRFS3): 1TRI25

Segundo a empresa, o crescimento da receita reflete um aumento de 7,7% nos volumes vendidos e de 7,6% no preço médio dos produtos, impulsionado pela valorização da carne suína e por efeitos cambiais favoráveis — com o dólar médio passando de R$ 4,95 no 1T24 para R$ 5,85 no 1T25.

Na comparação com o último trimestre de 2024, houve retração de 11,6% na receita, atribuída à sazonalidade de fim de ano e aos impactos da hiperinflação na Turquia.

A BRF também registrou melhora significativa nos seus indicadores financeiros. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, caiu para 0,54 vez, o que representa uma redução de 62,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A geração de caixa operacional foi de R$ 1,3 bilhão, alta de 51,9% na base anual. Já a geração de caixa livre somou os mesmos R$ 1,3 bilhão, aumento de R$ 400 milhões na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Desconsiderando investimentos com fusões e aquisições, a empresa alcançou uma conversão de caixa de 65%, refletindo, segundo a própria BRF, a continuidade da sua trajetória de ganho de eficiência operacional.

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