GRIPE AVIÁRIA: Dois animais são sacrificados durante fiscalização em propriedade de Montenegro

Dois animais foram sacrificados no último sábado (17) em uma propriedade rural de Montenegro, no Vale do Caí, durante o trabalho de fiscalização realizado pela equipe da Defesa Agropecuária, vinculada à Secretaria da Agricultura do Estado.

A medida foi tomada após os fiscais identificarem um pato e uma galinha com comportamento atípico — apáticos e com sinais clínicos alterados — em uma criação de subsistência. Os órgãos dos animais foram coletados e encaminhados para análise laboratorial a fim de verificar a possível presença do vírus da gripe aviária.

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Medida foi tomada após os fiscais identificarem um pato e uma galinha com comportamento atípico  | abc+



Medida foi tomada após os fiscais identificarem um pato e uma galinha com comportamento atípico

Foto: Cassiane Osório/Ascom Seapi

As amostras foram enviadas no domingo (18) ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), e o resultado deve ser divulgado entre esta segunda (19) e terça-feira (20).

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, a decisão pelo sacrifício ocorreu dentro do protocolo de “tolerância zero”, adotado no Estado desde 2023.

“Como estamos em uma área de atenção, qualquer alteração no comportamento das aves é suficiente para que se faça a coleta. Muitos dos sinais clínicos da influenza se confundem com os de outras doenças, então é necessário descartar a possibilidade com exame laboratorial”, explica.

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Diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, e o diretor adjunto Francisco Lopes | abc+



Diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, e o diretor adjunto Francisco Lopes

Foto: Isaías Rheinhemer/GES-Especial

A propriedade em questão não é uma granja comercial, mas uma criação familiar de subsistência. Rosane ressalta que o quadro clínico alterado dos animais pode ter relação com diversos fatores, mas que, diante do foco confirmado da doença no município, toda suspeita deve ser tratada com rigor. “Para coletar os órgãos e fazer a análise, é preciso realizar a necropsia, o que exige o sacrifício dos animais”, afirma.

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A ação faz parte do esforço concentrado que ocorre em mais de 500 propriedades com aves identificadas em Montenegro, com o objetivo de conter o foco da gripe aviária confirmado na última semana em uma granja comercial da cidade.

Até o momento, não foram registradas novas mortes de aves com suspeita da doença. As equipes seguem monitorando, diariamente, tanto os criadores familiares quanto os estabelecimentos com produção comercial na região. O trabalho inclui inspeções clínicas, coleta de amostras e orientação aos produtores sobre medidas de biossegurança.

Visita às mais de 500 propriedades com aves na região de Montenegro deve ser concluída nesta semana

Desde o início das vistorias no sábado, o governo do Estado já fiscalizou 300 propriedades rurais e uma granja de recria de aves localizadas no raio de três a dez quilômetros do foco de gripe aviária em Montenegro. O número equivale a 55% das 540 propriedades previstas para inspeção.

As ações estão sendo conduzidas por nove equipes do Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS), que também atuam em atividades de orientação e educação sanitária. Além disso, sete barreiras sanitárias funcionam 24 horas por dia.

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A expectativa, segundo a diretora Rosane, é de que todas as propriedades com aves sejam vistoriadas até quinta-feira (23), caso as condições climáticas permitam a continuidade do trabalho no ritmo atual. “Com as nove equipes em campo desde sábado, conseguimos avançar rapidamente nas inspeções. Se o tempo ajudar, devemos concluir essa primeira etapa entre quarta e quinta-feira”, afirma.

Apesar do avanço, Rosane explica que o trabalho não para após a primeira rodada de visitas. “Pelo plano nacional, precisamos revisitar as propriedades com aves a cada três dias. Isso faz parte do protocolo internacional de monitoramento e controle”, detalha.

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