GRIPE AVIÁRIA: Estância Velha tem caso suspeito da doença em investigação

O Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou nesta segunda-feira (19) ter descartado três suspeitas de gripe aviária que estavam em análise pela pasta: em Triunfo (RS), Nova Brasilândia (MT) e Grancho Cardoso (SE), todos locais de produção familiar para subsistência.

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Gripe aviária

Foto: Pixabay

Outros quatro casos estão em análise, de acordo com a pasta. Duas investigações são em plantas comerciais, em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO). Outras duas suspeitas são investigadas em aves de subsistência em Estância Velha (RS) e em Salitre (CE). 

Até o momento, há apenas um caso confirmado de gripe aviária em granja comercial no País, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conforme dados da plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura. 

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta segunda-feira (19) que o sistema sanitária do País está acompanhando com “lupa elevada” sobre eventuais suspeitas de gripe aviária. 

“O mercado terá confiança de que o Brasil voltará a ter o status de livre de gripe aviária, por transparência”, declarou o ministro, ao reforçar a “robustez e força” dos sistema de proteção brasileiro. Ele participa de coletiva de imprensa para falar da situação de emergência zoossanitária da gripe aviária.

Fávaro classificou como “inevitável” a entrada da no plantel comercial brasileiro. Ele reforçou que há máxima segurança no sistema de proteção brasileiro. “Não existe sistema de defesa sanitário no mundo como o do Brasil”, declarou.

O ministro disse ainda que a gripe aviária circula no mundo desde 2006, mas pelo “sistema robusto” interno, de proteção, a influenza aviária não havia entrado aqui. “No Brasil gripe aviária entrou em plantel comercial dois anos depois de casos em aves silvestres”, afirmou.

O secretário Adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, disse que foram recebidas manifestações de 11 países sobre restrições ao frango brasileiro. México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina suspenderam as compras de todo Brasil. Cuba e Bahrein suspenderam compras de frango do RS, Japão suspendeu de Montenegro.

Não há risco de contaminação pelo consumo de aves e ovos, reforça ministro

Fávaro reforçou que não há risco de contaminação de gripe aviária pelo consumo de aves e ovos. A expectativa é que amanhã seja concluída a desinfecção da granja em Montenegro (RS), único caso confirmado em granja comercial no País. Os colaboradores da granja estão isolados e sendo monitorados.

Ele reforçou que o Brasil pode declarar o fim da emergência zoossanitária da gripe aviária após 28 dias, se não houver notificação de outro caso. “A partir de quarta-feira começa a ser contabilizado 28 dias de conclusão de foco de gripe aviária”, disse.

Há também expectativa de que os países possam regionalizar a restrição ao frango brasileiro antes de 28 dias. Ainda não deu tempo de concluir o protocolo de regionalização com a China. Ou seja, focalizar a restrição apenas para a área onde foi identificado o caso.

Já Singapura comunicou a suspensão de compras de frango do raio de 10km do local onde ocorreu a notificação. O Brasil parou ainda de certificar exportações de frango brasileiro para China e União Europeia.

Fávaro negou a necessidade de eventual complementação orçamentária para a emergência zoossanitária da gripe aviária. “Neste momento, não há necessidade de reforço orçamentário”, declarou.

Fávaro citou emergências de “monilíase do cacau”, “mosca da fruta da carambola” e “vassoura-de-bruxa da mandioca”. “Talvez quatro emergências sanitárias em curso demandam recursos extras”, declarou o ministro.

Sobre a gripe aviária, o ministro reforçou que não haverá perda de comércio com restrição de exportações para o Japão, ao ser questionado. “Se a IAAP [gripe aviária] ficar contida na região do foco, mostraremos aos países a confiança do sistema sanitário brasileiro”, ponderou.

Ele disse que o Ministério busca revisar protocolos acordados com países para regionalização de restrições. Ou seja, não ampliar a suspensão para todo o país, após a notificação em um único ponto. “À medida que haja contenção da IAAP, é possível que importadores migrem para regionalização”, mencionou Fávaro.

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