Lucro do Banco do Brasil recua 20,7% no 1TRI25

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O Banco do Brasil – BB (BBAS3) iniciou 2025 com queda nos resultados. O lucro líquido ajustado da instituição financeira totalizou R$ 7,3 bilhões no primeiro trimestre, resultado 20,7% inferior ao mesmo período de 2024 e 23% menor em relação aos últimos três meses do ano passado. Entre os principais fatores que influenciaram o desempenho estão a adoção de novas normas contábeis e o aumento da inadimplência no setor do agronegócio, segmento no qual o BB é líder em crédito.

Segundo o banco, a queda nos lucros foi impactada pela entrada em vigor de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), que alterou o modelo contábil para as instituições financeiras. As mudanças, aprovadas em 2021 e implementadas em janeiro deste ano, passaram a exigir provisões para perdas esperadas, com base em estimativas, o que mudou a forma de registro de receitas e despesas.

Com a nova regra, o BB deixou de reconhecer cerca de R$ 1 bilhão em receitas de crédito no trimestre. Isso porque, no novo modelo, os juros de operações com atraso superior a 90 dias — classificadas como estágio 3 — só podem ser contabilizados quando o valor entra efetivamente no caixa do banco.

Banco do Brasil – BB (BBAS3): 1TRI25

A inadimplência também avançou. O índice de atraso superior a 90 dias subiu para 3,86% no primeiro trimestre, contra 3,32% no fim de 2024 e 2,90% no mesmo período do ano passado. No caso do agronegócio, o índice chegou a 3,04% ao fim de março, influenciado por quebras de safra em 2023 e 2024 e pelo impacto da alta da taxa básica de juros (Selic). Em dezembro, a inadimplência no segmento estava em 2,45% e, em março do ano passado, em 1,19%.

Banco deve revisar projeções para 2025

Diante do resultado abaixo do esperado, o BB anunciou que revisará suas projeções de lucro, margem financeira bruta e custo do crédito para o ano. Os novos números ainda não foram divulgados.

Em fevereiro, a estimativa da instituição apontava para um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões em 2025. A margem financeira bruta estava projetada entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões, e o custo do crédito entre R$ 38 bilhões e R$ 42 bilhões.

Carteira de crédito continua em expansão

Apesar do lucro menor, o Banco do Brasil aumentou o volume de empréstimos. A carteira de crédito ampliada somava R$ 1,278 trilhão ao fim de março, com crescimento de 1,1% no trimestre e 14,4% em 12 meses.

Por segmento, o crédito à pessoa física totalizou R$ 335,8 bilhões, com alta de 1,2% no trimestre e 6,6% em um ano. Houve destaque para o crédito consignado voltado a trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada.

Entre as empresas, a carteira somou R$ 459,9 bilhões, crescimento de 1,6% no trimestre e 22,4% em 12 meses. Desse total, R$ 141,3 bilhões foram destinados a grandes empresas, R$ 123,8 bilhões para micro, pequenas e médias e R$ 74,6 bilhões para o setor público.

No agronegócio, os financiamentos alcançaram R$ 406,2 bilhões, alta de 9% em um ano, com destaque para operações de custeio e investimento. Durante os primeiros nove meses do Plano Safra 2024/2025, o banco desembolsou R$ 174,5 bilhões para o setor.

A carteira de crédito sustentável do BB atingiu R$ 393,5 bilhões, com avanço de 1,8% no trimestre e de 9,6% em 12 meses. A linha reúne operações com impacto social e ambiental positivo.

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