Milhares podem perder o BPC com a nova exigência obrigatória

Milhares podem perder o BPC com a nova exigência obrigatória

Em 2025, uma nova legislação trouxe importantes modificações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos em situação vulnerável e pessoas com deficiência de baixa renda. A Lei nº 15.077/24 foi criada para aumentar o controle sobre a concessão deste benefício, focando na prevenção de fraudes e na promoção da justiça social.

Essas mudanças buscam direcionar o BPC de maneira eficaz para aqueles que realmente necessitam, além de aprimorar a gestão dos recursos públicos. As novas regras incluem modificações nos mecanismos de verificação de identidade, atualização cadastral e na análise de renda, entre outras áreas.

Quais são as principais alterações do BPC em 2025?

As novas políticas do BPC introduzem medidas para reforçar a segurança e precisão na concessão dos benefícios. Abaixo estão as principais alterações:

  • Identificação biométrica obrigatória: Todos os beneficiários, mesmo os atuais, precisam realizar um cadastramento biométrico que inclui impressões digitais e foto facial. Isso busca evitar fraudes e garantir que o benefício seja destinado adequadamente.
  • Atualização mais frequente do CadÚnico: O período de revisão cadastral foi reduzido de quatro para dois anos, garantindo que as informações dos beneficiários estejam sempre atualizadas e reflitam suas condições econômicas reais.
  • Regra para cônjuges fora do domicílio: A renda de cônjuges que não moram na mesma casa do solicitante não será mais considerada. Isso atende situações de separações informais, abandono, ou quando o cônjuge reside em outra cidade devido a questões de saúde ou trabalho.
  • Cruzamento de dados aprimorado: A nova lei aprimora o uso de ferramentas de fiscalização pelo INSS, integrando-se a outras bases de dados governamentais, como a Receita Federal e instituições financeiras, para identificar inconsistências e cancelar benefícios indevidos.

Quais são os critérios para receber o BPC?

O BPC é voltado para dois grupos: idosos e pessoas com deficiência. Os requisitos para idosos incluem ter pelo menos 65 anos, renda mensal familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo (R$ 353 em 2025) e estarem inscritos no CadÚnico. Para pessoas com deficiência, não há restrição de idade, mas é necessário provar impedimento de longo prazo para participação social plena, além de atender aos critérios de renda e ter um laudo médico comprovando a deficiência.

Milhares podem perder o BPC com a nova exigência obrigatória
Aplicativo do Meu INSS (Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb)

Como é o procedimento para cadastramento biométrico?

O cadastramento biométrico deve ser feito presencialmente nas agências do INSS ou em postos conveniados, mediante agendamento. As opções para agendar são:

  • Telefone 135
  • Aplicativo Meu INSS
  • Portal online meu.inss.gov.br

Os documentos necessários incluem um documento com foto (RG ou CNH), CPF, comprovante de residência e documentos de renda dos moradores da residência. Para casos especiais, como beneficiários acamados, pode-se solicitar atendimento em domicílio ou por procurador.

Quais são as consequências do não cumprimento das exigências?

Não atender às novas exigências pode resultar em sérias consequências. A falta de cadastramento biométrico ou atualização do CadÚnico pode levar à suspensão temporária do benefício, ao cancelamento definitivo após 60 dias sem regularização, e à necessidade de devolver valores recebidos inadequadamente se forem detectadas irregularidades.

Por isso, é crucial manter os dados atualizados e a atenção às notificações do INSS, principalmente via aplicativo Meu INSS, a principal ferramenta de comunicação com o órgão. As novas regras têm como objetivo garantir uma distribuição justa dos recursos públicos, assegurando que o BPC continue beneficiando quem realmente precisa.

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