PT: a pedido de Gleisi e Lula, Quaquá retira candidatura à presidência

O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, afirmou que não vai registrar sua candidatura à presidência do PT. A decisão ocorreu nesta segunda-feira (19/5), após reunião com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, articuladora política do Planalto. Integrante da corrente majoritária da sigla, a Construindo um Novo Brasil (CNB), ele disse ter atendido a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“De ontem para hoje, o comando da CNB, do qual faço parte, fez várias rodadas de conversa para buscar a unidade da corrente. A ministra Gleisi, que foi presidente do PT e tem o respeito de todos, e agora como ministra de absoluta confiança do presidente Lula, deixou claro o apoio, o empenho e o pedido de apoio do Presidente Lula à candidatura de Edinho a presidente”, disse Quaquá.

A decisão do prefeito de Maricá abre caminho para Edinho Silva, apontado como o favorito do presidente Lula para presidir o PT. Ele é ex-prefeito de Araraquara e foi ministro da Secom no governo Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. O anúncio ocorreu no último dia para registro de candidaturas à presidência da legenda.

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Lula e Washington Quaquá

Rui Falcão, deputado do PT
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) conversa com Lula (PT)
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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Rui Falcão, deputado do PT

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O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) conversa com Lula (PT)

Daniel Ferreira/Metrópoles

Com o racha na CNB resolvido, agora a haverá disputa entre correntes da sigla. O deputado federal Rui Falcão (SP), que presidiu o o PT entre 2011 e 2017, também registrou candidatura. Ele é apoiado por outros ex-presidentes do PT, como José Genoíno e Olívio Dutra, além do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

O deputado faz parte da corrente Novo Rumo, e conta com apoio de outras tendências internas, como: a Democracia Socialista (DS), Avante, Diálogo; a Ação Petista (DAP); e a Militância Socialista (MS).

Ainda nas correntes mais ideológicas do PT, outros dois nomes entraram na disputa. São eles o secretário de Relações Internacionais da legenda, Romênio Pereira, do Movimento PT, e o historiador e membro do Diretório Nacional do PT Valter Pomar. Ambos são nomes históricos do partido.

Como será a disputa do PT?

A eleição interna do partido é marcada por disputas que tornam-se públicas, pois o estatuto da legenda obriga os candidatos à presidência da sigla a passarem por uma série de debates. Para a disputa de 2025, serão pelo menos cinco. Por isso o Planalto tentou, até o último momento, demover a candidatura de Quaquá. O temor é que o processo fragilize a legenda num ano pré-eleitoral.

No PED, poderão votar qualquer filiado que tenha registrados seus pedidos de filiação no sistema até o dia 28 de fevereiro de 2025. O formato aberto aumenta a tensão e o mistério da escolha. O primeiro turno está marcado para o dia 6/7, e o segundo turno para o dia 20/7.

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