Putin mantém exigência e rejeita cessar-fogo após conversa com Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou mais de duas horas ao telefone com seu colega russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira, em uma tentativa de mediar um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia. No entanto, a conversa terminou sem avanços significativos. Putin deixou claro que só aceitará uma trégua quando suas condições forem atendidas.

Foi a terceira ligação pública entre os dois líderes desde que Trump voltou à Casa Branca, em janeiro. As negociações ocorrem em meio a um dos períodos mais violentos do conflito, que já dura mais de três anos. Em Sochi, balneário russo no Mar Negro, Putin descreveu o diálogo como “produtivo”, mas reafirmou que uma trégua só será possível “quando certos acordos forem feitos”.

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Entre as exigências do Kremlin estão a neutralidade militar da Ucrânia e o reconhecimento das áreas anexadas pela Rússia em 2022. Putin reiterou que qualquer cessar-fogo só acontecerá se essas demandas forem negociadas, além de mencionar a possibilidade de um “memorando de acordo de paz”.

Trump também conversou com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, antes de ligar para Putin, e pretende retomar o diálogo com o líder de Kiev em breve. No entanto, não há detalhes oficiais da Casa Branca sobre o teor dessas conversas.

A frustração de Trump com a falta de avanços é evidente. O presidente dos EUA já chegou a suspender temporariamente o envio de armas para a Ucrânia, mas voltou a fornecer apoio militar depois que Zelenski se mostrou mais flexível. Washington continua sendo o maior financiador de Kiev, com US$ 727 bilhões em apoio desde o início da guerra, superando o total fornecido por todos os países europeus.

O vice-presidente americano, J.D. Vance, também se manifestou, afirmando que os Estados Unidos deveriam considerar se afastar do processo de mediação, diante do que descreveu como um impasse.

O cenário na Ucrânia permanece crítico. No domingo, a Rússia lançou o maior ataque com drones desde o início do conflito, disparando 273 aparelhos, dos quais 88 foram derrubados e outros 128 caíram sem causar danos. Já nesta segunda-feira, pelo menos cinco pessoas morreram em bombardeios na Ucrânia, enquanto um ataque de drone na região russa de Belgorodo deixou uma vítima.

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