Queda de elevador aconteceu em obra de programa de habitação social

O acidente com um elevador de carga que matou três trabalhadores no Butantã, zona oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (19/5), aconteceu nas obras do Reserva Raposo, empreendimento de habitação social com investimento bilionário da prefeitura de São Paulo.

O condomínio faz parte do programa Pode Entrar, em que a Prefeitura compra unidades construídas pela iniciativa privada para atender demanda por habitação de interesse social. Ao todo, a gestão municipal adquiriu 18 torres do Reserva pelo valor de R$ 1,3 bilhão para atender pessoas de baixa renda ou antigos moradores de áreas de risco.

Além da Prefeitura, o governo de São Paulo também tem torres no condomínio voltadas para habitação social. Apesar de esses imóveis terem sido adquiridos por programas de moradia, as autarquias governamentais se colocam apenas como intermediárias na compra dos apartamentos. Por isso, a responsabilidade do acidente é da construtora, a BRZ Construtora.

Veja:

Como mostrou o Metrópoles, prédios inaugurados no condomínio Reserva Raposo já foram alvo de denúncias de moradores. Os relatos apontam para graves problemas de infraestrutura, incluindo vazamentos que alagam corredores e infiltrações generalizadas, gerando mofo e preocupação entre os residentes.

A inauguração da primeira etapa do Reserva Raposo aconteceu em dezembro do ano passado, com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).


Acidente com elevador

  • Três funcionários de uma obra morreram após a queda de um elevador de carga. Outro trabalhador ficou ferido.
  • Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu na altura do quilômetro 18 da rodovia Raposo Tavares. Seis viaturas foram acionadas e as mortes foram constatadas ainda no local.
  • A Polícia Militar informou que as vítimas fatais são três homens – de 20, 23 e 46 anos – que trabalhavam em uma obra.
  • A ocorrência está sendo registrada no 89º DP.

O que dizem os responsáveis

O Reserva Raposo lamentou o acidente. “A obra é conduzida pela BRZ Construtora, empresa da qual a Reserva Raposo já cobrou respostas e determinou rigor absoluto na apuração do ocorrido”, disse, em nota.

A BRZ Construtora, por sua vez, afirmou que as causas do acidente estão sendo investigadas pelas autoridades competentes. A perícia técnica da polícia foi acionada e realiza os devidos levantamentos no local, segundo a construtora.

“Estamos colaborando integralmente com as investigações e prestando todos os esclarecimentos necessários aos órgãos responsáveis. Nos solidarizamos com os familiares das vítimas neste momento de imensa dor.”

A BRZ é a empresa contratada pelo Reserva Raposo para atuar como construtora em um dos condomínios desse empreendimento, o Condomínio Orquídeas 1B, onde ocorreu o acidente.

A Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) informou que a obra tem alvará de aprovação e execução deferido pela Prefeitura de São Paulo. “A Subprefeitura do Butantã informa que uma equipe, em conjunto com a Defesa Civil, está a caminho do local para realizar uma vistoria na área. A Prefeitura de São Paulo lamenta as mortes”, disse em nota.

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