Stellantis nega fusão com a Renault, critica Europa e elogia Trump e China

Não é só no mundo dos famosos que todo dia tem um rumor novo. No setor automotivo também. Depois da Toyota frisar que não há nenhuma negociação entre a Neta e ela foi a vez da Stellantis deixar claro que não está discutindo qualquer tipo de fusão com a Renault. A declaração foi feita por John Elkann, chairman do grupo durante sua participação no Future of the Car Summit.  

Lucas de Meo, CEO da Renault também estava presente e acenou com a cabeça durante a fala de Elkann. O gesto mostra não apenas que eles estão alinhados quanto a este assunto como uma possível afinidade. Os dois líderes, inclusive, concederam uma entrevista em conjunto para o Le Figaro. 

Durante a entrevista Elkann e De Meo aproveitam para frisar a necessidade de uma flexibilização das regras para produção de carros na Europa: “O que pedimos é exatamente o que a União Europeia afirma desejar: simplificar as regulamentações. Com menos regras, conseguiremos produzir veículos mais baratos e acessíveis ao consumidor médio”, explicou o líder da Stellantis.

Stellantis elogia Trump e China 

Ele também pediu mais clareza sobre a legislação ambiental: “A Europa precisa garantir previsibilidade para que possamos planejar e continuar investindo”, ressaltou. Elkann ainda aproveitou a entrevista para reforçar suas críticas em relação a Europa, elogiando métodos adotados pelo presidente Donald Trump nos EUA e até a agressividade de produção da China.  

“O presidente Trump é muito claro sobre o que deseja alcançar para a indústria automotiva… as ações que estão sendo implementadas tornarão isso possível”, e completou “O que está acontecendo na China deve ser uma fonte de inspiração, não de medo”, concluiu o chairman. 

Durante a entrevista, Elkann fez questão de reforçar que o grupo Stellantis e a Renault estão olhando para a mesma direção, mas que não estão nem perto de uma fusão: “Estamos alinhados em uma visão comum de sustentabilidade e acessibilidade, mas continuaremos independentes”, concluiu o executivo.  

Ficou claro que o que os dois líderes querem tanto com a entrevista quanto com a participação no evento é pressionar a União Europeia a não apenas flexibilizar as regras, mas também a trabalhar com mais clareza.  

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