VÍDEO: Obra na BR-116 preocupa moradores, que temem alagamentos ainda mais intensos

Moradores da Rua Ceará, no bairro Rincão, em Novo Hamburgo, promoveram um encontro às margens da BR-116 com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), da Prefeitura e do Legislativo na manhã desta segunda-feira (19). 

O grupo se reuniu para expressar preocupação com a obra de canalização que ocorre nas proximidades da via onde residem. Eles temem que os alagamentos registrados em dias de chuva possam se intensificar, atingindo casas, já que o tamanho dos canos pode não ser suficiente para a vazão da água proveniente do arroio Sanga Funda.

ENTRE NA COMUNIDADE DO ABCMAIS NO WHATSAPP

Rua Ceará, no bairro Rincão, em Novo Hamburgo | abc+



Rua Ceará, no bairro Rincão, em Novo Hamburgo

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Atualmente, explicam os moradores, quando chove e o arroio extravasa, as águas que se acumulam na lateral da BR-116, na esquina com a Rua Ceará, no sentido interior-capital, se dissipam graças à existência de uma bacia de contenção. Na prática, a água se espalha em dias de temporal. Com a obra, a comunidade local entende que, aparentemente, essa bacia deixará de existir.

ENTRE NA COMUNIDADE DO JORNAL NH NO WHATSAPP

Solução

Por isso, os moradores pedem canos maiores para os dois lados: o da Rua Ceará e o do outro lado da rodovia, no sentido capital-interior, próximo à Rua 24 de Maio. Nessa área, que os moradores entendem ser de responsabilidade de Novo Hamburgo, o cano também é muito pequeno para comportar a grande quantidade de água do arroio Sanga Funda, que passa ao lado da Rua Ceará.

Dessa forma, acrescenta um dos moradores, o aposentado João Ricardo Dietrich, 65 anos, que, se não houver providências quanto ao tamanho dos canos, a água vai represar e inundar as casas em um volume ainda maior do que ocorre hoje.

GRIPE AVIÁRIA: Cidades do Vale do Sinos entram em estado de emergência após casos da doença no RS; veja o que muda

Situação comum

Moradora há 61 anos da Rua Ceará, a artesã Mara Silvana Schreiner Pereira, 62, salienta que sua casa já foi invadida diversas vezes pelas enchentes. Na última, por exemplo, a água chegou até a metade da parede.

“É uma tortura. Dá uma nuvem no céu, tu treme, porque toda vez que chove, entra água. Se não houver essa vazão aqui, a água vai até o teto”, relata.

No local da reunião, o titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (SMOPI), Eroni Nunes dos Santos, informou que atendeu ao pedido dos moradores para falar sobre o assunto. Ele explicou que a obra, no sentido interior-capital, é de responsabilidade do Dnit.

Por isso, entrará em contato com o responsável pela obra para marcar uma reunião com a presença do engenheiro da Prefeitura. “Queremos ver o projeto e a situação para trazer a informação correta e concreta para nossa comunidade”, antecipa.

Um funcionário do DNIT, que prefere não se identificar, ouviu os questionamentos dos moradores. Ele comentou que o pronunciamento oficial do órgão cabe ao Departamento. A reportagem entrou em contato com o órgão, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

YouTube Video

Adicionar aos favoritos o Link permanente.