Voo da Lufthansa ficou sem piloto por 10 minutos após copiloto desmaiar na cabine

Um voo da Lufthansa com 205 pessoas a bordo ficou sem piloto por cerca de 10 minutos depois que o copiloto desmaiou enquanto estava sozinho na cabine. O incidente ocorreu em 17 de fevereiro de 2024, durante um voo de Frankfurt para Sevilha, na Espanha, e foi detalhado em um relatório da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC).

O capitão havia saído brevemente da cabine para usar o banheiro quando o copiloto desmaiou. Com o piloto automático ativo, a aeronave continuou voando de forma estável, mas o copiloto, já inconsciente, chegou a operar os controles involuntariamente. O gravador de voz da cabine registrou sons que indicavam uma “incapacitação súbita e grave”, conforme o relatório.

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Sem resposta ao tentar entrar na cabine com o código padrão, o capitão usou um código de emergência para destrancar a porta e reassumir o controle da aeronave. Um médico que estava a bordo auxiliou nos primeiros socorros ao copiloto, que recuperou a consciência pouco depois.

Por precaução, o comandante desviou o voo para o aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, em Madri, onde a aeronave pousou cerca de 20 minutos depois. O copiloto foi encaminhado ao hospital, onde permaneceu em observação por algumas horas.

Uma investigação concluiu que o desmaio do copiloto foi causado por uma condição neurológica preexistente, desconhecida por ele e não identificada durante os exames médicos aeronáuticos. Seu certificado médico foi suspenso.

A Lufthansa confirmou que está ciente do relatório e que cooperou plenamente com as autoridades espanholas. A empresa informou que seu próprio departamento de segurança de voo também realizou uma investigação interna, mas não comentou detalhes adicionais.

Embora sejam raros, casos de incapacitação de pilotos em voo não são inéditos. A CIAIAC identificou 287 ocorrências semelhantes em relatórios de transporte da Comissão Europeia entre 2019 e 2024. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) relatou 39 incapacitações entre pilotos de companhias aéreas americanas em um período de seis anos, entre 1993 e 1998.

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