Campinas é a 3° cidade que mais gasta com internações por acidentes de trânsito no estado de SP

Dados são da Secretaria de Saúde estadual. Segundo superintendente do HC da Unicamp, atendimento de traumas “concorre” com o de pacientes de oncologia, cardiologia e neurocirurgia. Campinas é a 3° cidade que mais gasta com internações por acidentes de trânsito no estado
Campinas (SP) gastou R$ 8,7 milhões com vítimas de trânsito na rede pública de saúde, entre 2023 e 2024. Com isso, a metrópole ficou em 3º lugar entre as cidades com mais gastos com esse tipo de acidente em todo o estado de São Paulo. Confira o ranking abaixo.
📲 Receba notícias da região de Campinas no WhatsApp
Os dados são de um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Ainda segundo o levantamento, houve mais de 118 mil atendimentos de vítimas de trânsito na rede pública de saúde em SP nos últimos dois anos.
No total, o valor para tratar pacientes que se acidentaram chegou a R$ 130 milhões no estado. Campinas é a 3ª cidade com mais gastos, ficando atrás da Grande São Paulo, que teve um gasto de R$ 52,7 milhões, e de São José do Rio Preto (SP), com R$ 11,8 milhões.
Grande São Paulo – R$ 52,7 milhões
São José do Rio Preto – R$ 11,8 milhões
Campinas – R$ 8,7 milhões
Sorocaba – R$ R$ 8,6 milhões
Taubaté – R$ 6,5 mihões
Ribeirão Preto – R$ 1,03 milhões
Perfil das vítimas
Em todo o estado de SP, foram 118 mil atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito entre os anos de 2023 e 2024. Desses, 109 mil casos envolviam motocicletas e 9 mil envolviam carros.
A maior parte das vítimas eram jovens do sexo masculino, entre 18 e 45 anos. Dos pacientes, 50% tiveram lesões na medula, 25% passaram por amputações e 15% tiveram traumatismo craniano.
O tratamento para essas lesões costuma envolver um processo de reabilitação prolongado, com cirurgias e um longo período de internação, segundo o Centro Lucy Montoro, especialista em reabilitação em SP.
Impacto nos atendimentos
Segundo a superintendente do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, Elaine Cristina de Ataíde, a média é de 5 vítimas de trânsito atendidas na unidade por dia.
Ela afirma que, como o hospital é referência para a região de Campinas, o atendimento a essas vítimas “concorre” com o de pacientes “principalmente da oncologia, cardiologia e neurocirurgia”.
“Essas três modalidades acabam sofrendo por conta desses traumas que vão concorrer em relação a leitos, vagas de uti e horários em centros cirúrgicos”, explica Ataíde.
Ainda segundo a superintendente, o mesmo acontece com outros hospitais da metrópole.
“Nós somos um hospital de alta complexidade, e essa realidade é compartilhada também por hospitais como Mário Gatti e PUC. Como nós somos uma referência para mais de 60 cidades, esses acidentes acabam competindo com outras doenças que temos que atender”, avalia.
VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região
Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Adicionar aos favoritos o Link permanente.