Irmãos stalkers presos por ameaçar Moraes vão para prisão domiciliar

O fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, de 42 anos, e o técnico eletricista Oliveirino de Oliveira Júnior, de 47, que estavam em prisão preventiva desde 31 de maio de 2024, sob suspeita de terem feito ameaças violentas contra a família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, tiveram o regime convertido para prisão domiciliar. A decisão foi proferida pelo próprio Moraes, que acolheu o pedido da defesa.

Segundo o advogado dos irmãos, Darlan Almeida, “durante todo esse período, é importante destacar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não ofereceu qualquer denúncia em desfavor dos investigados, o que evidencia a ausência de elementos mínimos que os vinculem às gravíssimas ameaças enviadas, por e-mail, ao ministro Alexandre de Moraes e seus familiares”.

“Em razão disso, os investigados mantêm plena confiança no sistema de Justiça e esperam que os fatos sejam completamente esclarecidos, permitindo que se chegue à identificação da verdadeira autoria das condutas apuradas, colocando-se à inteira disposição para eventuais esclarecimentos porventura necessários durante a investigação em curso”, destacou a defesa.

Relembre o caso

O fuzileiro naval Raul Fonseca foi preso pela Polícia Federal (PF) em 31 de maio de 2024 sob suspeita de ter feito ameaças violentas à família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O irmão do fuzileiro, identificado como Oliverino, também  foi preso pelo mesmo motivo em São Paulo (SP). Os mandados de prisão foram solicitados pela PGR.

Raul, que é segundo-sargento da Marinha da ativa, estava em casa, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro (RJ), quando foi detido por uma equipe da PF. Integrantes da Marinha do Brasil também acompanharam o cumprimento dos mandados.

Ainda segundo informações apuradas pelo Metrópoles na coluna Na Mira, o fuzileiro naval e o irmão mandaram e-mails para os familiares do ministro durante uma semana, detalhando a rotina deles. Por causa disso, eles são investigados pelos crimes de ameaça e perseguição (stalking).

Além dos dois mandados de prisão preventiva, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O advogado do fuzileiro naval Raul Fonseca disse, à época, que o cliente se mostrou “extremamente surpreso e perplexo” ao saber o motivo da prisão.

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