Reino Unido interrompe negociações comerciais com Israel

O Reino Unido anunciou a suspensão de negociações de um novo acordo de livre comércio com Israel, como forma de retaliação às ações militares do país liderado por Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza. Pactos comerciais em vigência, contudo, seguem válidos. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (20/5) pelo ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy.

Além disso, Lammy anunciou que a embaixadora israelense no Reino Unido, Tzipi Hotovely, foi convocada a prestar esclarecimentos na chancelaria britânica. Sanções adicionais contra israelenses que vivem em ocupações ilegais na Cisjordânia também foram aplicadas.

“As ações do governo Netanyahu tornaram isso necessário”, explicou o chanceler britânico durante fala no Parlamento do país.

Um dia antes, o governo do Reino Unido havia condenado a atual ofensiva de Israel contra Gaza, onde cerca de 55 mil palestinos morreram desde o início da guerra contra o Hamas. Ao lado de França e Canadá, o governo britânico pressionou a administração de Netanyahu a pôr fim as ações militares no enclave, e ameaçou impor sanções caso o pedido não seja cumprido.

Antes, o premiê de Israel alegou que a suspensão da entrada de ajuda humanitária em Gaza era uma forma de pressionar o Hamas pelo fim da guerra e o retorno dos reféns israelenses que ainda estão sob o domínio do grupo extremista.

Ajuda humanitária e ocupação de Gaza

Depois de quase três meses enfrentando um bloqueio total, o governo de Israel permitiu a entrada de cerca de 100 caminhões com ajuda humanitária no enclave palestino.

Apesar disso, o governo de Netanyahu anunciou planos de expansão da ofensiva militar contra Gaza. O objetivo, de acordo com o premiê israelense, é controlar todo o território palestino.

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