Além do Ibovespa: 11 ações do índice batem máximas históricas; confira lista

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

O Ibovespa superou pela primeira vez a simbólica marca dos 140 mil pontos, encerrando o pregão da última terça-feira (20) aos 140.109,63 pontos — o nível mais alto já registrado na história do fechamento do índice.

A valorização, porém, não se limitou ao principal indicador da Bolsa, conforme levantamento da Elos Ayta: entre os dias 19 e 20 de maio, 11 ações que integram o Ibovespa alcançaram suas máximas históricas.

O IDIV — índice que reúne ações com os maiores pagamentos de dividendos — também rompeu seu topo histórico, fechando em 10.054,91 pontos.

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No caso do IDIV, 12 papéis fizeram o mesmo. Além disso, outros seis ativos do Ibovespa e cinco do IDIV já haviam renovado suas máximas ao longo do mês.

Até 20 de maio, o Ibovespa subia 16,48% no ano e 9,67% em 12 meses. Já o IDIV avançava 13,8% em 2025 e 12,78% em 12 meses, impulsionado por fluxo em ações defensivas e reprecificação de empresas resilientes com forte geração de caixa.

Setor imobiliário é destaque

A surpresa — e talvez o principal sinal para os investidores — vem do setor de incorporações. Três das quatro ações com maior valorização no ano entre as que atingiram máximas históricas são do segmento imobiliário: Plano&Plano (PLPL3) sobe impressionantes 79,73%, seguida de Cyrela (CYRE3) com 64,71%, e Lavvi (LAVV3) com 61,67%.

Segundo a Elos Ayta, o movimento indica uma possível reavaliação estrutural do setor por parte dos investidores, provavelmente impulsionada por expectativas de cortes na taxa Selic no segundo semestre. “O setor, sensível ao crédito, tende a reagir de forma antecipada a mudanças nas condições monetárias.”

Bancos, energia e dividendos

As ações dos grandes bancos também marcaram presença entre os recordistas. Tanto as ordinárias (ITUB3) quanto as preferenciais (ITUB4) do Itaú atingiram novas máximas, com altas de 46,70% e 44,02% no ano, respectivamente.

Para a casa de análise, o desempenho robusto do setor financeiro sugere um ambiente de lucratividade consistente, mesmo com a economia ainda navegando em mar calmo.

No setor de energia elétrica, que tradicionalmente figura entre os queridinhos dos investidores de dividendos, empresas como Copel (CPLE3 e CPLE6), CPFL Energia (CPFE3) e Taesa (TAEE11) renovaram seus picos históricos. Os papéis da Copel aparecem com ganhos superiores a 42% no ano, enquanto CPFL avança 39,37%. “Esses dados reforçam o protagonismo do setor na carteira de dividendos — algo que o próprio desempenho do IDIV confirma”, diz o relatório.

Outras destaques

Impulsionada pela expectativa de privatização, a Sabesp (SBSP3) subiu 39,35% no ano, enquanto a Porto (PSSA3) avançou 41,72%, destacando a força do setor de seguros. Entre os papéis dos principais índices, Itaúsa (ITSA4, +38,4%) e Santos Brasil (STBP3, +5,97%) ilustram que, mesmo em cenário positivo, há seletividade no mercado, comenta, Elos Ayta.

De acordo com Elos Ayta, a amplitude dos ganhos — com empresas de diversos setores e perfis — sugere que o movimento não é apenas especulativo. “A valorização de ações ligadas à economia doméstica, como construtoras e utilities, reforça a tese de que há confiança no ambiente macroeconômico local.”

Por fim, a casa de análise comenta que depender do ritmo de cortes de juros, da inflação controlada e da estabilidade fiscal — esta última ainda um ponto de atenção —, o segundo semestre pode trazer novos recordes.

Confira as ações na máxima:

Fonte: Elos Ayta

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