Comboio de balsas colide com embarcações de garimpo no Amazonas


Acidente aconteceu na segunda-feira (19), em zona rural de Manicoré. Não houve vítimas, desaparecidos ou indícios de poluição hídrica. Balsa colide com embarcações em comunidade do interior do Amazonas
Um empurrador com comboio de balsas colidiu, na segunda-feira (19), com três embarcações que estavam ancoradas às margens do Rio Madeira, nas proximidades da comunidade Nova Catarina, zona rural de Manicoré, no Amazonas. De acordo com a Marinha do Brasil, as embarcações atingidas eram três balsas de garimpo. Não houve registro de vítimas, desaparecidos ou indícios de poluição hídrica.
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Segundo relatos de moradores, o impacto da colisão destruiu completamente uma das embarcações e fez outras duas afundarem. Canoas, motores e outros equipamentos que estavam nas proximidades também foram danificados ou perdidos.
Ainda conforme os moradores, a balsa não parou após o acidente e seguiu viagem sem prestar assistência.
“Eu não sei o que aconteceu… Será que esse cara da balsa estava bêbado? Porque o rio é largo, tem mais de dois mil metros, e ele ainda vem bater nas balsas. Olha só como ficou a situação”, disse um morador, em vídeo gravado no local.
Após o episódio, a comunidade demonstrou preocupação com a segurança da navegação na região. Conforme apurado pela equipe da Rede Amazônica, dezenas de famílias que vivem em casas flutuantes nas proximidades retiraram suas moradias do trajeto normalmente utilizado por embarcações, com receio de novos acidentes.
Em nota, a Marinha informou que a Agência Fluvial de Humaitá, subordinada à Capitania Fluvial de Porto Velho, enviou uma equipe de Inspeção Naval ao local. Foi instaurado um Inquérito Administrativo para apurar as causas e circunstâncias do acidente.
Vídeo mostra momento em que balsa colide com porto de Borba, no AM
Quinta colisão em cinco meses
Este não é um caso isolado. Em janeiro deste ano, uma balsa colidiu com duas casas flutuantes na comunidade de Urumatuba, também em Manicoré. O acidente resultou na morte de uma mulher de 22 anos e no desaparecimento de seus três filhos.
Cerca de um mês depois, outra balsa atingiu o porto do município de Borba, também no interior do Amazonas. A colisão causou danos severos à estrutura, que foi totalmente interditada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Já em Humaitá, duas semanas após o acidente em Borba, uma balsa petroleira colidiu com o porto da cidade, provocando o afundamento parcial da estrutura. Ninguém ficou ferido.
Neste mês, duas balsas colidiram no Encontro das Águas, em Manaus. As embarcações seguiam para Careiro Castanho no momento do acidente, que foi registrado por passageiros. Apesar do susto, não houve feridos nem poluição no rio.
O g1 entrou em contato com a Marinha do Brasil para solicitar informações sobre as condições de navegação e as ações de fiscalização na região, diante dessa recorrência de colisões fluviais nos últimos meses, e aguarda resposta.
Balsa colide com porto de Borba, no interior do Amazonas
Reprodução
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