Gasolina é encontrada abaixo de R$ 5,60 em postos da região; presidente da Sulpetro diz que “não tem como prever o que virá pela frente”

O preço da gasolina comum está em queda em postos da região nas últimas semanas. Após ser vendida a até R$ 6,49 menos de um mês atrás, a média em muitos estabelecimentos agora gira abaixo dos R$ 6.

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Preço mais baixo encontrado foi de R$ 5,59 | abc+



Preço mais baixo encontrado foi de R$ 5,59

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Em alguns locais, como em Novo Hamburgo, postos estão comercializando o litro por R$ 5,59. Este valor pode ser encontrado tanto em descontos com aplicativos, quanto no preço normal, inclusive na gasolina aditivada.

Outras cidades da região registram um valor um pouco mais elevado, mas também abaixo dos R$ 6. Em Estância Velha e Campo Bom, estabelecimentos vendem a gasolina comum com preço médio de R$ 5,75 a R$ 5,79. Ao longo da RS-239, como em Sapiranga, os valores sobem ainda mais, sendo encontrado a R$ 5,94 e R$ 5,96.

A redução chama atenção por ocorrer em um período sem anúncios de queda no preço do combustível por parte da Petrobras, responsável por definir os valores nas refinarias. O motivo da baixa não foi oficialmente divulgado e pode envolver fatores como estoques locais, concorrência entre postos ou repasses atrasados de ajustes anteriores.

Preço baixo que preocupa

Para o presidente do Sulpetro (Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado), João Carlos Dal’Aqua, a situação não se sustenta no cenário econômico atual. “Basta ver as médias publicadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para o restante do país, para observar as diferenças”, afirma.

Segundo ele, o cenário ainda é imprevisível. “Também não tem como prever o que virá pela frente. Cada um deve ser responsável pelas suas políticas, e certamente alguns têm mais condições de suportar que outros”, acrescenta.

Dal’Aqua ainda faz um alerta sobre os possíveis impactos dessa instabilidade para o setor. “A tendência nestas situações é um enfraquecimento ainda maior dos revendedores menores e uma maior concentração na sequência, o que não é salutar ao consumidor.”

Gasolina aditivada sendo vendida a R$ 5,59 em Novo Hamburgo | abc+



Gasolina aditivada sendo vendida a R$ 5,59 em Novo Hamburgo

Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Na prática, o risco é que postos menores não consigam sustentar preços tão baixos por muito tempo, o que pode levar ao fechamento de unidades e à concentração de mercado nas mãos de grandes redes. Com menos concorrência, os preços podem subir novamente e pesar ainda mais no bolso do consumidor.

Sem uma justificativa clara para a queda nos preços, resta a dúvida entre consumidores e revendedores: até quando?

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