Prisão de homem que fingia ser pediatra levou polícia à falsa médica

Sophia Livas de Morais Almeida — a falsa médica de Manaus (AM) — entrou no radar da Polícia Civil do Estado do Amazonas após a prisão de Gabriel Ketzer da Silva, o universitário de educação física que atuava irregularmente como pediatra e ortopedista.

Gabriel foi preso há menos de um mês, em 29 de abril, durante a deflagração da Operação Hipócrates, conduzida pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

Segundo a polícia, ele cooptava pacientes durante atendimentos beneficentes e, depois, entrava em contato oferecendo consultas especializadas. Gabriel chegou a usar redes sociais para se promover como profissional da saúde, inclusive compartilhando imagens de atendimentos.

As farsas dos dois investigados têm diversos pontos em comum. Ambos atendiam pacientes considerados vulneráveis, como crianças com doenças cardíacas graves, gestantes com fetos de risco e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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Ela usou uma foto do prefeito com a filha para fingir o parentesco

A mulher fingia ser sobrinha do prefeito
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Ela usou uma foto do prefeito com a filha para fingir o parentesco

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A mulher fingia ser sobrinha do prefeito

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Ambos atuaram ilegalmente por cerca de dois anos até que foram desmascarados pela polícia.

Além dos crimes cometidos como falso médico, Gabriel Ketzer já havia sido preso anteriormente, em 2020, por se passar por oficial das Forças Armadas. Na ocasião, foi flagrado usando farda militar e chegou a responder por falsa identidade.

Ele é acusado de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, estelionato contra vulnerável, falsa identidade e falsificação de documentos.

Já Sophia, presa na segunda-feira (20/5), que é formada em educação física, além de fingir ser cardiopediatra, criou uma personalidade paralela na qual fazia parte da família do prefeito de Manaus, David Almeida.

Ela foi desmentida em nota pública da prefeitura do município após a deflagração da operação  Azoth, também conduzida pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

A falsa médica prescrevia medicamentos de tarja preta, emitia atestados falsos e chegou a dar aulas em faculdades, sempre apresentando-se como especialista na área da saúde.

Além do exercício ilegal da medicina, ela responderá por falsidade ideológica, uso de documento falso e poderá ser indiciada por lesão corporal culposa, caso fique comprovado que causou danos aos pacientes.

Nessa terça-feira (20), ela passou por audiência de custódia  e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

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