Empresários investem R$ 6 milhões para criar companhia na região que trata resíduos oleosos

A cidade de Estância Velha, no Vale do Sinos, passou a contar com uma nova indústria. A companhia I9 foi criada para reforçar os cuidados na gestão ambiental. Ela é fruto da união dos empresários que comandam a Central de Tratamentos de Efluentes Nova Época e da consultoria ambiental Geoprospec.

I9 começou a operar no dia 16 de maio, em Estância Velha | abc+



I9 começou a operar no dia 16 de maio, em Estância Velha

Foto: Divulgação

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Com um investimento inicial de R$ 6 milhões, a I9 começou a operar na última sexta (16). Ela tem maior capacidade instalada para tratamento de resíduos oleosos: até 600 mil litros por dia. O lançamento oficial da indústria que trata efluentes ocorreu nesta semana, durante a 10ª edição da Fiema Brasil, em Bento Gonçalves, na Serra.

“O tratamento adequado desses efluentes oleosos ainda é um dos grandes gargalos da gestão ambiental no Estado. Depois de um longo período de estudos e testes, temos convicção de que a tecnologia empregada será um diferencial no mercado. Com a entrada em operação da I9, o Rio Grande do Sul dá um importante passo para reduzir os impactos ambientais gerados por resíduos oleosos, ao mesmo tempo em que se posiciona como referência no uso de tecnologias limpas e eficientes para o setor de saneamento industrial”, afirma Eduardo Carvalho, um dos sócios da companhia.

Área era da Utresa

A planta fabril fica em uma área de cerca de cinco hectares e recebeu licença operacional da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) no dia 5 de Maio. Ela fica em área arrendada da Utresa, empresa que foi penalizada por passivo ambiental que afetou o Rio dos Sinos em 2006. A mortandade de milhares de peixes é lembrada até hoje.

Segundo a I9, a Utresa hoje opera de acordo com a legislação ambiental e obteve, recentemente, êxito e reconhecimento dos órgãos ambientais na execução de ações que tinham como intuito a gestão de antigos passivos. “Desse modo, com a finalização das ações de intervenção na área do empreendimento, foi possível viabilizar a área para receber novos investimentos em soluções de gerenciamento de resíduos industriais perigosos”, ressalta a nova companhia.

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O que são resíduos e efluentes oleosos

A I9 explica que os resíduos e efluentes oleosos são misturas complexas formadas por restos de óleos usados em diversos setores, como o automotivo, metalmecânico e industrial.

Esses resíduos podem ser de origem vegetal, sintética ou mineral e normalmente estão combinados com água ou materiais sólidos. Sem o devido tratamento, representam grave risco ambiental, contaminando solos, cursos d’água e ameaçando a saúde da fauna, flora e da população humana.

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Tecnologias

O diferencial da nova empresa está na adoção de uma tecnologia inovadora que permite o tratamento simultâneo de diferentes tipos de efluentes oleosos. Isso garante agilidade e eficiência na operação, algo essencial diante da demanda crescente e do passivo ambiental acumulado. A expectativa é de que, já nos primeiros dias de operação, a planta receba dezenas de milhares de litros de efluentes para tratamento.

 

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